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Alta Floresta: empresário nega morte de advogada e ataca delegado

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O empresário Euclides Dobri se defendeu, em entrevista coletiva, da decisão do delegado Flávio Stringuetta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Civil, em indiciá-lo como mandante do assassinato da advogada Irene Bricatte, ocorrido em 13 de abril de 2004, em Alta Floresta. Euclides leu uma nota onde nega com veemência ter envolvimento no crime.

O empresário afirmou que o delegado foi “tendencioso” e cometeu “atentado contra a honra e a dignidade da minha pessoa”. Ele afirmou ser inocente. “Em primeiro lugar quero alegar minha inocência perante os fatos apontados pelo delegado, bem como esclarecer que durante o tempo que transcorreu desde o homicídio da doutora Irene até a presente data, sempre estive disponível para qualquer averiguação e investigação por parte da Justiça, nunca me ausentei dessa cidade onde mantenho residência fixa há mais de 30 anos bem como nunca interferi no andamento das investigações”, disse. “Quero levantar minhas suspeitas sobre a atitude do delegado que demonstrou demasiado interesse na conclusão de um inquérito que já vem em andamento há mais de sete anos e onde se tem notícia de que figura outros suspeitos além da minha pessoa”, reforçou.

O empresário afirmou, também, que o delegado seria seu inimigo. “Flávio já esteve trabalhando como delegado municipal de Alta Floresta no período compreendido entre os meses de julho a dezembro de 2001 e por ocasião de sua passagem nesta cidade tornou-se meu inimigo, gratuitamente, por conta de um desentendimento que o mesmo teve com seu chefe, na época o doutor delegado Rui Aparecido Ribeiro, que já se encontrava nessa cidade a bastante tempo e com quem eu tinha conhecimento. Tendo o doutor Flávio transferido à minha pessoa o seu descontentamento com relação ao seu chefe, se tornando assim, meu desafeto”, destacou.

Euclides apontou ainda que Stringuetta não acompanhou todo o processo de investigação. “A princípio cumpre salientar que a morte da mesma ocorreu em 2004 e o delegado Flávio assumiu o caso em maio de 2011, ou seja, o mesmo não teve participação efetiva nas investigações realizadas durante todo esse período. Tendo tomando conhecimento do caso e a direção do inquérito há cerca de quatro meses, quer resolver a toque de caixa um caso de homicídio que já esteve aos cuidados de dois outros delegados da polícia especializada e que vem ocorrendo há mais de sete anos”, destacou.

O acusado faz ainda outras acusações contra o delegado. “Quero esclarecer que na época que esteve a frente da delegacia de Alta Floresta, doutor Flávio cultivou amizade estreita com a doutora Irene e seu esposo e, assim tendo assumido a delegacia de combate ao crime organizado, em maio de 2011, aproveitou para encerrar com toda rapidez esse inquérito fazendo recair sobre a minha pessoa toda a culpa tendo sequer investigado os demais suspeitos pela morte da doutora Irene, demonstrando com isso uma grande falta de profissionalismo e competência, ou quem sabe, algum interesse excluso, desconhecido por minha pessoa”, reforçou.Segundo ele, o delegado residiu em uma casa de propriedade da advogada, no setor J.

Euclides Dobri também citou que ninguém, incluindo os advogados de defesa dos acusados, teve acesso ao inquérito policial. “O delegado rompe agora com esse caráter de sigiloso absoluto para convocar uma entrevista coletiva com a imprensa para revelar dados de um processo que é sigiloso, no mínimo é absolutamente estranho e tendencioso por parte do delegado”, disse. “Também soa muito estranho nomear os executores do crime como sendo pessoas tidas como suspeitas no referido procedimento policial mas que entendo estado já preso para averiguação pela gerência de combate ao crime organizado, foram todos os liberados por absoluta falta de provas e convicção de autoria com relação aos mesmos, tendo isso ocorrido no ano de 2005. Ou seja, já há muito tempo se constatou a ausência de culpa dos mesmos”, disse.

Segundo ele, irá acionar a Justiça para provar inocência. “Não vou aceitar as imputações feitas pelo o mesmo [delegado]. Vou recorrer a justiça e todos os meios legais para provar minha inocência, bem como, provar a conduta de má fé do mesmo representando na corregedoria de polícia para que o superiores apurem sua conduta irregular na condução do inquérito”, finalizou.

Conforme Só Notícias informou, além do empresário foram indiciados outras três pessoas, apontadas como funcionários de Dobri. Irene foi executada com oito tiros de pistola em 13 de abril de 2004, na porta do escritório. O marido dela também foi atingido. Na época, a advogada tinha 43 anos, e trabalhava em dois processos envolvendo grandes demandas de terras. Um em Aripuanã, com área de 45 mil hectares, pertencente ao empresário Euclides Dobri.

O segundo processo dizia respeito a uma gleba, que fica em Paranaíta, onde houve a revenda de áreas para pequenos agricultores por posseiros que estavam na propriedade.

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