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Além de prisões no Nortão Polícia Federal faz buscas na sede da Sema em Cuiabá

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Policiais federais estiveram, esta manhã, na sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), na capital, para cumprir mandado de busca e apreensão exclusivamente nos postos de trabalho de dois servidores da Coordenadoria de Mineração, referente a processos de licenciamento de 2013. Essa ação ocorreu, entre 7h e 8h, mas nada foi levado pelos policiais.

Até o momento, a gestão da secretaria estadual não obteve outras informações sobre quais são as denúncias contra os servidores, mas já se colocou à disposição da Polícia Federal para prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações relacionadas a operação.

A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a operação “Mãe do Ouro” para desarticular uma organização criminosa responsável pela exploração e comércio ilegal de ouro na região Norte. Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão preventiva e uma condução coercitiva expedidos pela Justiça Federal de Sinop.

Segundo informações da assessoria da PF, os mandados estão direcionados a alguns dos principais garimpeiros do Nortão, de proprietários dos postos de compra de ouro responsáveis pelo “esquentamento” do mineral e também de servidores públicos estaduais. Durante as investigações, foi identificado o processo criminoso: extração ilegal de ouro em vários pontos do Nortão, abrangendo extensas áreas e mediante a utilização de maquinário pesado, causando grave degradação ao meio ambiente; aquisição de ouro por postos de compra (PCOs) instalados nas cidades de Nova Bandeirantes, Alta Floresta, Apiacás e Peixoto de Azevedo.

Os postos mencionados forneciam a documentação necessária para conferir aparência de legalidade à origem do ouro, permitindo, na sequência, a inserção do mineral já esquentado no Sistema Financeiro Nacional.

Além disso, foi apurado também a corrupção de servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat) no esquema criminoso, mediante o recebimento de vantagens indevidas para a liberação de licenças ambientais e para o esquentamento do ouro.

Os presos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

O nome da operação faz referência à lenda da Mãe do Ouro, que no folclore brasileiro significa uma bola de fogo, que as vezes se transforma em uma mulher e indica os locais onde se encontram jazidas de ouro que não devem ser exploradas. 

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