Um advogado foi conduzido à Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), na última quinta-feira à tarde, após ser flagrado conduzindo uma Mitsubishi L 200 Triton prata com as placas clonadas por ser produto de roubo. O veículo foi abordado na avenida Major Pereira Diniz, no bairro Carumbé.
Na abordagem, o condutor se identificou como advogado e alegou que a caminhonete era emprestada de um policial militar. Os investigadores solicitaram os documentos do veículo, no entanto, o advogado apresentou um boletim de ocorrência noticiador de extravio do documento.
Ao verificarem mais atentamente os sinais identificadores da caminhonete, os investigadores constataram que as numerações dos vidros, do chassi e outras identificações da caminhonete apresentavam vestígios claros de adulteração, situação informada ao advogado que a conduzia.
O veículo foi apreendido e encaminhado à delegacia. O perito criminal da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), especialista em veículos, confirmou a adulteração de sinais identificadores, revelando a numeração identificadora veicular (NIV) original do veículo.
Em pesquisa, os policiais constataram, via sistema, que o veículo foi roubado na cidade de Araguaina, no Tocantins. Diante das evidências, o advogado alegou que o veículo pertencia ao policial militar e que tinha emprestado a caminhonete dele.
O PM foi localizado e compareceu na delegacia. Ele explicou que comprou a caminhonete de uma mulher e depois revendeu ao advogado em janeiro deste ano. A mulher já foi identificada.
O advogado foi autuado por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Ele pagou fiança de R$ 3 mil e foi posto em liberdade. O policial militar foi ouvido e liberado por não estar em situação de flagrante.
Os nomes dos investigados não foram revelados. A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso (OAB) e a Corregedoria da Polícia Militar foram comunicadas acerca dos fatos.