Após trinta dias de investigações, dois homens foram presos em flagrante, ontem, por policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em conjunto com a Delegacia Regional de Cáceres e do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do município. V.F.Z., 39 anos, e E.T.M., 30 anos, são acusados de praticar o crime de extorsão qualificada.
As diligências iniciaram após denúncia de um crime de extorsão e possível sequestro de um empresário da cidade de Cáceres, proprietário de vários estabelecimentos comerciais e de uma joalheria. De acordo com o delegado do GCCO, que comandou as investigações, Gianmarco Paccola Capoani, os dois presos estavam aliciando um dos funcionários da loja de joias com intuito de facilitar a ação criminosa.
A dupla tentou obter as chaves de acesso ao estabelecimento com o funcionário e convencê-lo a desativar o sistema de alarme para furtar os objetos de valores como joias e relógios. "Como eles não conseguiram negociar com a vítima, passaram ameaçá-la de morte. A exigência era que a chave fosse entregue no prazo máximo do dia 22 de novembro às 13h. Caso contrário, o proprietário da loja seria sequestrado pelos acusados e depois realizaram o roubo no estabelecimento".
Sendo monitorado pelos investigadores de polícia, ontem à tarde, E.T.M. saiu da residência onde morava com V.F.Z. e se dirigiu até o local determinado por eles para a entrega das chaves. Imediatamente após o funcionário proceder com o exigido, E.T.M. foi surpreendido pela Polícia Civil e preso em flagrante.
Em seguida os policiais foram até a residência dos dois e apreenderam mais de 100 relógios, semijoias e vários objetos de valores. V.F.Z. estava na casa e não soube explicar a origem dos produtos encontrados no local. A ação policial foi filmada para ser juntada nos autos e comprovar o recebimento das chaves.
Conduzidos para a delegacia, os presos foram interrogados e durante os depoimentos entraram em contradição. Ambos não souberam explicar a origem dos produtos e nem o motivo pelo qual E.T.M. estava em poder das chaves da joalheria quando foi preso. As suspeitas são que eles comercializavam produtos roubados e furtados.
V.F.Z. que já tem passagem pela polícia pelos crimes de formação de quadrilha, roubo qualificado e tráfico de drogas, é considerado de alta periculosidade. Após o flagrante eles foram conduzidos para a cadeia de Cáceres.