Dois homens foram presos em flagrante por policiais civis da Delegacia de Querência, na sexta-feira (25). J.R.S., 19 anos, e W.L.P.M., 29 anos, são acusados de cometerem juntos crimes de sequestro, estupro e homicídio qualificado. O fato criminoso que chocou os moradores da cidade, aconteceu na madrugada de quinta-feira (24). A vítima, Nayara Pereia Quintino, 23 anos, era companheira e morava com W.L.P.M. Ela era colega de trabalho de J.R.S. Os dois suspeitos combinaram em dar um “susto” na vítima, pois eles reclamavam que Nayara humilhava seu colega no trabalho e o seu companheiro dizia que era traído por ela.
As diligências apuraram que na noite de quarta-feira (23), após uma reunião de trabalho, J.R.S. pediu carona a Nayara. No caminho, ele começou a ameaçá-la com um estilete, cortou sua blusa e usando a tira de pano, amarrou suas mãos e a manteve inicialmente deitada no banco de trás do automóvel. Depois a colocou no porta-mala.
Conduzindo o veículo, J.R.S. seguiu para uma casa que ele mesmo havia locado. No local, ele levou Nayara para um quarto, amarrou suas pernas e a amordaçou. Em seguida, o companheiro da vítima chegou na casa e incentivou o primeiro a tirar roupa de Nayara e a estuprasse.
Enquanto J.R.S. mantinha conjunção carnal, seu companheiro ficou assistindo e iluminando o quarto com uma lanterna. Depois, W.L.P.M. ordenou que o outro acusado a matasse, foi quando as sessões de tortura reiniciaram. Eles colocaram um pano na boca da vítima e em suas narinas, além de uma sacola plástica na cabeça dela e tentaram esganá-la com as próprias mãos. Após a saída de W.L.P.M. da residência, o segundo preso concretizou o homicídio, tampando a boca e o nariz da vítima com a mão. Durante todo o período de intenso sofrimento, a vítima foi mantida com os olhos vendados. Por volta das 2h, da quinta-feira (24), J.R.S. percebeu que a vítima estava em óbito e foi embora dormir.
De acordo com o delegado Marcos Leão, a identificação dos coautores e prisões acontecerem após encontrar o carro e o corpo da vítima na casa locada em nome de J.R.S.. “Ele foi localizado pelos investigadores em seu trabalho”.
Encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos, o acusado acabou confessando o crime. As informações preliminares do médico legista que realizou o exame necroscópico, atestou que morte da vítima ocorreu somente no período da tarde daquele mesmo dia. “Essa história resultou após a prisão e confissão de J.R.S. No entanto, W.L.P.M. negou qualquer envolvimento com os fatos”, complementou o delegado.
A conclusão do inquérito policial depende ainda de outras diligências e dos resultados dos laudos periciais do local e de necropsia. Porém a policia já pode concluir que o crime bárbaro foi perpetrado por mais de uma pessoa.
Para a polícia, a crueldade praticada pelos presos retrata um comportamento típico de psicopatas. “O sofrimento infligido à vítima revestiu-se de tamanha brutalidade que só encontra parâmetro em filme de terror. Por isso, a população do município esta revoltada, o que obrigou a remoção dos dois presos à cadeia de Canarana para evitar eventual linchamento”, disse o delegado Marcos Leão.
As investigações e diligências tiveram participação dos investigadores de Querência, Ribeirão Cascalheira, Água Boa, da Polícia Militar, além de peritos criminais e médico legista.
