A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu, hoje, o acusado de assassinar o empresário Fábio Batista da Silva, em 2018, na conveniência de um posto de combustível em Rondonópolis (215 km ao Sul). Ambos tinham discutido por causa do farol alto.
Mesmo sem nunca ter sido preso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) concedeu, no fim de 2019, habeas corpus ao réu. Ele deveria cumprir medidas cautelares.
Em janeiro do mesmo ano, ele chegou a publicar em sua conta no Instagram fotos em alto mar com porção de camarão e cervejas. Dois anos depois, ele foi baleado em um tiroteio registrado também numa conveniência, em um posto na cidade de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.
Depois foi detido em uma operação deflagrada para capturar integrantes de uma organização criminosa suspeita de atuar na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Outras 6 pessoas foram presas. Na ocasião, duas pistolas, munições, carregadores, drogas (skunk), dinheiro e aparelhos celulares foram apreendidos.
Segundo a polícia catarinense, as autuações em flagrante foram pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e uso de documento falso.
Em contato com a Polícia Civil de Mato Grosso para saber da possível transferência do suspeito para o Estado, a assessoria do órgão informou que os juízes das respectivas comarcas se comunicam para fazer o recambiamento (transferência do preso para outro unidade da federação).
Fábio estava sentado à uma das mesas do comércio quando o motorista de uma caminhonete Amarok branca deixou o farol alto ligado em direção a todas as pessoas que estavam no local. Assim, foi até motorista e pediu que ele reduzisse a luz. Porém, houve uma discussão e quando ele voltou, foi atingido por um tiro.
Testemunhas que estavam na conveniência acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro, mas Fábio não resistiu e morreu no local. Em seguida, o veículo deixou o local do crime.
Com ajuda das câmeras de segurança e de testemunhas, a polícia identificou o suspeito do crime. No entanto, ele nunca foi preso. Meses após o crime, em janeiro de 2018, ele postou fotos das férias de fim de ano em alto mar em uma rede social. Em outra imagem, um prato cheio de camarões. O ato chegou a ser considerado deboche pelo poder judiciário.
