O delegado de São José do Rio Claro (111 quilômetros de Nova Mutum), Nilson Farias, colheu, esta tarde, o depoimento do jovem de 23 anos acusado de assassinar a acadêmica de Direito, Isabella Cristina Cazado, 22 anos. Ao Só Notícias, a assessoria da Polícia Civil informou que ele permaneceu quase o tempo todo calado e não respondeu as perguntas feitas pelo delegado.
Uma foto da jovem foi mostrada a ele, que ficou muito emocionado e também chorou. Segundo o delegado, o acusado, que era namorado da vítima, demonstrou estar arrependido do crime. Em uma das poucas declarações de que fez, afirmou "que a amava". Porém, não deu detalhes de como ocorreu o crime e nem respondeu ao questionamento sobre o motivo da apresentação, ontem à tarde, no fórum. A assessoria confirmou que ele ficará preso em uma cela na cadeia de São José do Rio Claro. O delegado deve concluir, nos próximos dias, o inquérito policial e remetê-lo à justiça.
O acusado estava foragido da polícia desde o dia do crime, na noite de 31 de maio, no município. A jovem foi atingida por tiros na cabeça e tórax e chegou a ser encaminhada ao Pronto Atendimento por um adolescente de 16 anos, que é irmão do acusado de praticar o crime. No entanto, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco tempo depois de dar entrada na unidade médica.
O suspeito e Isabella eram namorados e testemunhas disseram que ambos brigavam constantemente. Na noite do crime, os dois teriam discutido novamente, no interior de um VW Golf preto, após saírem de uma pizzaria. A suspeita é a de que Isabella queria romper o relacionamento com o acusado, que não aceitava.
Outro irmão do suspeito, de 22 anos, chegou a ser preso, em junho, acusado de envolvimento. Este também teria saído da cidade após o crime ser cometido, mas depois foi encontrado. Ainda não foi confirmado qual o tipo de participação deste irmão.
Isabella morava em São José do Rio Claro e cursava o 9º ano de Direito na Unemat, em Diamantino.