Vinte e uma pessoas que atuavam na exploração de minérios em uma área de garimpo clandestino, no município de Aripuanã (mil quilômetros de Cuiabá) foram presas, ontem. Esta foi a terceira fase da operação “Simbiose”, deflagrada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar e o Sistema Penitenciário.
Os presos foram flagrados explorando a área, localizada a 18 quilômetros da cidade, onde aproximadamente dez alqueires de floresta amazônica foram devastados, sem qualquer avaliação de impacto ambiental. Os garimpeiros reviraram o solo e subsolo a procura de metais preciosos.
Os 21 detidos foram autuados em crimes de associação criminosa, destruição de floresta nativa, extração ilegal de recursos naturais e espulho possessório, todos, conforme a investigação, cometidos em concurso material.
Em razão do somatório das penas ultrapassarem o limite de quatro anos, não foi arbitrada fiança na delegacia para nenhum dos detidos.
De acordo com o delegado Alexandre da Silva Nazareth, o cenário encontrado na área rural se apresentou desolador. “Aproximadamente dez alqueires da floresta amazônica foram derrubados, sem qualquer avaliação de impacto ambiental, para a prática acentuada da extração ilegal do ouro”.
Os garimpeiros foram surpreendidos separando as pedras maiores de dada porção de terra, outros as lançavam nos lavabos grandes de madeira para purificá-las em porções menores, com o uso de motores bombas. Uma escavadeira hidráulica também foi flagrada revirando o solo e o subsolo e outros garimpeiros batiam a areia em busca de metais preciosos.
No local, os policiais e agentes aprenderam cinco motocicletas, pequena amostra de ouro em pó, balança de precisão e escavadeira hidráulica. Os materiais e equipamentos foram levados para a Delegacia da Polícia Civil.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) será oficiado para autuação administrativa.