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Virginia “Perón” Mendes: um artigo que provocou outro

Halisson Lasmar
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Os comentários e avaliações foram muitos. Meu celular não parou. Entre os mais de 1600 membros da minha lista de transmissão, a comparação de Virginia Mendes com Jack Kennedy deu e está dando o que falar. Sugestões de características e uma menção constante de semelhanças físicas, que não foram abordadas, vieram como puxões de orelha por eu ter me abstido de expressar esse dado.

Além dessas observações que inundaram a tela, Evita Perón foi citada reiteradas vezes como outro ícone que se assemelha na história, conduta e jeito de ser da Sra. Mendes, e que eu deveria mencionar em um artigo exclusivo. As pessoas amam Evita.

Figura chave de um regime ancorado no paternalismo e na demagogia do presidente marido, o que aqui no MT não seria o caso, Evita resistiu, no entanto, como uma imagem ao mesmo tempo alheia e superior ao mesmo, adotando uma vida e conceitos rebeldemente contrários que encantaram o povo argentino.

Mais do que uma estadista, mais do que um pivô ou um esteio sobre o qual o governo de Perón se apoiava, Evita ganhou voz própria porque ela encarnou em si uma série de ambições e pretensões sociais, promovendo uma revolução de atendimento aos mais vulneráveis que se espalhou pela América Latina e pelo mundo.

Sua transcendência está consubstanciada na sua fantástica ascensão sócio-política e na sua efetiva participação, apoio e atendimento aos desassistidos ‘hermanos’ que a têm como uma heroína permanente em sua cultura.

Uma bela mulher, que venceu na vida através dos mecanismos próprios, só poderia espelhar um sistema de poder centrado na sedução, nas opiniões firmes, nos posicionamentos claros e nas exigências de atendimento ao povo.

E muito de sua trajetória, conquistada através da sedução coletiva das massas, e do fascínio que ela emanava, fez com que a Dama da simpatia pudesse firmar-se em um regime e momento de seu país, que transformaram seu nome e história numa aclamação que fica aparente em casas argentinas que têm como adorno sua foto em algum lugar de seus lares.

Virginia faz de tudo com sua timidez aparente, um diferencial de Evita que era mais descontraída, para camuflar sua gigantesca força de trabalho, embalada por uma fé sem limites e que tem levado conforto, educação, moradia e assistência à vulnerabilidade que ainda habita este MT.

Sua luta é incansável. Essas causas são divulgadas diária e reiteradamente em redes que mostram a disposição de sua agenda em visitas, eventos e sempre no meio do povo.

Suas conquistas, que não são publicizadas com estardalhaço, têm sido espalhadas por cada rincão mato-grossense e sua conhecida fragilidade vira força, banhada geralmente com as emoções de suas entregas, com sinceras lágrimas que constantemente surgem mareando seus olhos.

O Programa SER, que começou no início da gestão timidamente, tomou tamanho corpo no governo que tem ficado difícil inaugurar algo que não tenha a exigência dos beneficiados locais de um braço, uma extensão e a presença da marca, acompanhado da figura da Primeira-Dama de MT para imprimir-lhe ainda mais confiança e credibilidade. Está difícil para o Governador Mauro desembarcar sem ser cobrado pela presença da esposa.

Evita sabia que sua presença ajudava o marido no convencimento das massas, Virgínia, de forma desprendida, acredito, jamais imaginou que seu nome, maneira de ser e ideias de assistencialismo fossem se transformar numa marca potente aliada às muitas realizações da gestão do marido, Governador.

Se “SER” se transformou numa marca de esperança;
Sua simples presença passou a deixar boas lembranças;
Social virou sinônimo de realizações reais;
Agradecimentos a Virginia que abraça causas, briga, exige, pontua e para o povo carente parece querer sempre mais.

“SER” é vida, seja em que segmento for.

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