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Violência contra a mulher

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Acreditar que Deus errou quando criou a mulher para ser a companheira, amiga, mãe, consoladora e, principalmente, a essência incondicional do amor, da flor púrpura que enaltece e glorifica o homem, é inconcebível. A animalidade do ser “humano” macho vem revelando que a selvageria tem sido o troféu de suas atrocidades contra o sexo frágil: a mulher. Será que ela é mesmo o sexo frágil? Entendo que tal pensamento não passa de uma desculpa insípida do machista, ludibriada pela ignorância maquiada pela força física.
Aliás, essa suposta “força” tão extravagante e poderosa nada mais é do que o reflexo de um comportamento que espelha a condição de incompetência e insignificância dos homens vazios, inconseqüentes e impotentes por natureza. A impotência, diga-se de passagem, causada pela ausência das instituições municipais, estaduais e federais e que, por conseqüência, promove o desamparo, não desclassifica o ser “homem”, acolhedor, honesto, responsável, protetor. Pelo contrário, o torna, sobretudo, digno de merecer o amor de uma mulher, porquanto suas atitudes são coerentes e inteligentes. O verdadeiro homem, concebe em uma de suas principais habilidades, os costumes éticos pitorescos, sem qualificar o seu grau de instrução. Quem não possui ou instiga esses valores, não pode ser considerado “homem”. É bom lembrar que não deve-se confundir o ser humano do sexo masculino como “homem”, pelo simples fato desse ter pênis e testículos, pois cavalo, burro, jumento, dentre outros, também os tem e nem por isso são homens.
O fato é que as agressões absurdas e indecorosas contra a mulher vêm crescendo, e os fatos relatados na mídia são cada vez mais absurdos. As barbáries têm sido cada vez mais desumanas. O pior é que os autores são sempre os mesmos: marido, padrasto, irmãos, alguém com grau de parentesco muito próximo da vitima, ou, ainda, alguém intimamente ligado à família. Um caso intrigante, por exemplo, ocorreu no ano passado numa cidade do interior de Minas: o filho engravidou a própria mãe. Até parece que é o fim de mundo. Quem, afinal somos?
Os valores éticos e morais estão degenerando-se, escorregando-se por entre os dedos das mãos. Estamos perdendo a noção de fraternidade, de amor ao próximo, e, em especial, da família. Com relação à mulher, numa canção de um dos maiores compositores e violonistas que o Brasil já teve na década de 60/70, Baden Pawer, disse que: “ … se Deus não tivesse criado a mulher, ele próprio custaria a crer”. E nós homens, o que fazemos para cultivar e preservar aquela que, diga-se de passagem, é, ou será a mãe de nossos filhos? É necessário valorizar essa fábula de encantos que nos dedica, dia-a-dia, sua vida, por meio de uma entrega infinita de carinho e abnegada paixão.
Mas, a violência contra a mulher não se limita somente à violência física e/ou moral.
Por incrível que pareça, a agressão física é a que menos machuca, dói. Aliás, a mulher entende que socos e ponta pés são os únicos recursos do machista, em detrimento de que ele nada tem a oferece-la a não ser sua ignorância. A violência moral contra a mulher não é a menor. Pelo contrário, ela, a violência moral, deixa seqüelas psicológicas irreparáveis pois, são capazes de deixar cicatrizes que nenhuma cirurgia plástica é capaz de elimina-las ou esconde-las. O desdém machista é maquiavélico, desumano, perspicaz e traduz tal procedimento a um tal de “maus tratos”, que insiste em compara-la a uma insignificância qualquer. Quantos idiotas pensam assim? São uns Coitados.
O ideal feminino é objetivo, vigoroso, sem rodeios. Ele justifica-se pelos próprios resultados: as mulheres são maioria nas universidades, estão mais participativas na política, são as melhores motoristas de ônibus, são arbitras de futebol, são lutadoras de boxe, jogadoras de futebol, pedreiras, e tantas outras mais. Em razão de suas habilidades, o país mudou, o mundo mudou. Ela deixou de ser vista como um objeto sexual para ser o ponto de equilíbrio da vida. Aos homens que ainda pensam o contrário, que me desculpem a franqueza, são ultrapassados e catingados pelo odor da insanidade dos desalmados.

Gilson Nunes é jornalista e técnico de T.I

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