sexta-feira, 26/julho/2024
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Um grande filme para uma gigantesca trilogia

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Um grande filme para terminar uma grande trilogia. Esta foi a sensação ao assistir Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. O diretor Christopher Nolan fez um trabalho excepcional. A cada filme, ele nos presenteou com uma qualidade técnica impressionante e uma história incrível. A qualidade é crescente e o desfecho sensacional. Uma história contada sem atropelos, cenas de ação bem orquestradas e atuações memoráveis. A cena final, sem igual e de uma surpresa de fazer cair o queixo. Nunca teria imaginado aquilo.

Outro ponto alto foram as interpretações. Christian Bale (Batman) foi o melhor ator a interpretar o personagem. Está melhor do que no primeiro e muito melhor do que no segundo. Ele se recuperou da sombra de Heath Ledger (o Coringa, do Batman – O Cavaleiro das Trevas). Anne Hathaway como a Mulher Gato está linda e muito bem nas cenas de ação. Até dá para esquecer a famosa "lambida" de Michelle Pfeiffer em sua interpretação da mesma personagem em Batman Returns (1992). Gary Oldman (comissário Gordon) sem palavras, Michael Caine (Alfred), Marion Cotillard (Miranda Tate) e Joseph Gordon-Levitt (John Blake) todos muito bons.

Se neste filme não teve Heath Ledger e nem uma menção a ele, o vilão ficou por conta de Tom Hardy. E o cara como Bane não desaponta em nenhum momento. Nolan poderia ter ido pelo caminho mais fácil como utilizar efeitos especiais para deixar Bane como realmente é nas histórias em quadrinhos. Lá, ele é grande e fica maior ainda ao inalar uma espécie de veneno. No filme, Nolan mudou um pouco o personagem e deu um tom diferente para ele. Ou seja, é o Bane de Nolan e não das HQs. A interpretação de Hardy não chega a ser de um Ledger, mas o cara demonstra segurança e convicção em sua atuação. Os próprios músculos do ator são aproveitados e como ele está o filme todo com uma máscara na cara, sua maior interpretação está no olhar. É perceptível, no filme todo, a sua grande atuação pela reação de seus olhares. Na luta contra o Batman, quase derrotado, sua expressão de medo e pavor é extremamente real. Pode não ter sido um Ledger, mas foi um Hardy/Bane extremamente convincente e vigoroso. Sensacional.

Nolan termina o filme com uma "deixa" interessante para uma continuação sem precisar novamente contar toda a história que já sabemos. Agora será necessário um diretor tão bom e tão grandioso, como Nolan foi, para dar sequência em uma história tão rica como a deste ícone chamado Batman. Espero que uma nova grande sequência venha.

Valeu Nolan. Você resgatou e deu uma amplitude magnífica a história de um personagem fabuloso. Coisa que nem Tim Burton com seus dois filmes – Batman (1989) e Batman Returns – dos quais sou fã também, conseguiu fazer. E foi além, ao conseguir resgatar, pois houve os filmes-equívocos do péssimo diretor Joel Schumacher – Batman Eternamente (1995) e Batman e Robin (1997). Dois filmes que praticamente jogaram o personagem no limbo. Duas péssimas interpretações do "morcego" e que quase o sepultaram. Era preferível assistir, antes fosse, o seriado do Batman com o amável Adam West. Era ruim, mas era muito bom.

Mas veio Nolan, Bale, Oldman e tantos outros que dignificaram esta grandiosa história. Valeu o ingresso e vai valer a compra do DVD, com certeza.

Alex Fama é jornalista e editor de Só Notícias
[email protected]

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