quinta-feira, 25/abril/2024
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“Tá na cara, a gente precisa ver”

Victor Sano, médico radioterapeuta na Oncomed-MT em Cuiabá
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No calendário de saúde, o mês de julho é dedicado à conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Este ano, a campanha voltada ao tema traz, como slogan, “O câncer tá na cara, mas às vezes você não vê”. Fato é que precisamos ver – e o enxergar, ou sentir, ou perceber, começa em cada um de nós.

Como?
Dando atenção aos sinais e sintomas, dentre os quais:
• feridas na boca que não cicatrizam;
• dificuldade para engolir;
• rouquidão persistente;
• caroços no pescoço.
Ao observar alguma dessas situações, é fundamental procurar um médico ou dentista. Quando diagnosticado no início, o câncer de cabeça e pescoço tem grandes de chances de cura.
Mas o ponto de atenção é que muita gente costuma ignorar os sinais e sintomas, achando que são normais. Aí mora o perigo. Quanto mais tardiamente for diagnosticado o tumor, mais difícil pode ser o tratamento – e menores as chances de vencer a doença.

Sobre o câncer de cabeça e pescoço

O que ele atinge?
Regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amigdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais, além da pele situada na região onde a doença está.

Como é o tratamento?
Por meio de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e cirurgia.
Uma abordagem multidisciplinar é necessária para a tomada de decisão ideal sobre a forma de tratamento a ser adotada, devendo incluir cirurgiões, oncologistas, radioterapeutas, dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos. Este conselho de especialistas definirá a melhor estratégia de tratamento, uma vez que existem diferentes modalidades a serem propostas.

Como prevenção, o que fazer?
• Não fumar;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
• Ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
• Manter boa higiene bucal;
• Avaliar lesões na boca;
• Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
• Manter o peso corporal adequado;
• Recomendar a vacinação do HPV para os meninos de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos.
• Ir ao médico com regularidade ou quando apresentar alteração clinica como rouquidão, dor para deglutir ou lesões em cavidade oral

Importante saber:
O câncer de cabeça e pescoço altera a estética facial, deglutição, alimentação, fala e condição nutricional, portanto estar em um centro multidisciplinar de tratamento proporciona vantagens aos pacientes.
Segundo levantamento do Inca 2020-2022, os cânceres de cabeça e pescoço representam cerca de 10% do total, entre eles o de boca é que mais atinge o homem e na mulher é o de tireoide. Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de cigarro pode ocasionar a doença, assim como a exposição excessiva aos raios solares. O HPV também está associado ao câncer de cabeça e pescoço. O diagnóstico da doença entre jovens (menores que 45 anos) tem se tornado frequente, decorrente de tumores originados pelo HPV.

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