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Saturado pela coisificação

Wilson Carlos Soares Fuáh – especialista em recursos Humanos e relações sociais e políticas em Mato Grosso
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Existem  pessoas que vivem mudando de opinião o tempo todo, querendo estar de bem com todos, com dificuldades para dizer não, ou desagradar a terceiros.

Na vida, precisamos observar tudo que nos cerca ,absorver o que pode nos acrescentar e  sermos justos e verdadeiros em nossos relacionamentos e escolhas ,mesmo que a princípio não tenhamos o melhor resultado  pois  as vezes ,o que se constitui remédio para alguns pode se transformar em veneno para outrem.

Entretanto, precisamos entender e aceitar que a vida é feita de escolhas e que cada ação nossa  provocará uma reação  no meio em que vivermos. Desta forma,  por uma questão até de inteligência, deveremos semear boas sementes para que venhamos a colher bons frutos, mesmo porque a semeadura sempre nos  será  facultativa, todavia  a colheita  obrigatória . Muitas decisões inicialmente pouco produtivas, podem se transformar em bênçãos a nós e todos aqueles que nos cercam.

A tormenta humana, quase sempre, é  fruto de opções seletivas, acordos, ambições desmedidas que levam as pessoas a se distanciar do divino, da verdade e do que é justo e melhor para todos.

Quem respeita as pessoas  e verdadeiramente as amam, não pode transgredir sob nenhuma hipótese  os limites da moderação e do mais conveniente ao convívio social. No momento que recebemos e distribuímos  amor em forma de afetos e amizades, passamos  a perceber  a beleza e a pureza em todas as coisas, tendo como guia  as mãos de Deus, que está presente em tudo que existe no universo.

E aqueles que trocam o sentimento por coisas, com o passar do tempo, sentirão  um grande vazio em sua vida, pois  terá ultrapassado os limites da moderação e da coerência, e se saturado da coisificação. Dai encontrarmos frequentemente pessoas deprimidas, seguindo a vida  tristes, de cabeça baixa a procura de tesouros sobre o chão, desesperançosos com o próprio modelo de vida escolhido.

Deste mundo não levamos nada, deixamos os exemplos, bons ou maus, que ficarão evidenciados e registrados nas grandes divergências entre aqueles que  vivem para acumular ou  distribuir generosidades.  Estes últimos sabem que esses atos, produzem aprendizado para o seu crescimento espiritual e que os valores materiais acumulados falecem juntamente com os seus legítimos donos.

Os grandes fracassos espirituais começam quando fugimos dos desafios e das missões assumidas nesta existência. A escolha de objetivos eminentemente materiais são assustadores, pois nem só de pão vive o homem e certamente esta postura dificultará sobremaneira, o alcance da serenidade e da paz imprescindível na labuta  cotidiana e para o processo de auto crescimento do ser.

Normalmente no mundo capitalista em que vivemos, observamos uma  multidão de seres humanos, na luta pelo Ter, consumidos mentalmente pelas suas infinitas batalhas e conflitos pela posse e acumulação de coisas e de valores materiais,  pois acreditam que ao tê-los podem comprar quase tudo, inclusive a felicidade.

Os prazeres das conquistas mundanas não se encerram num monte de ouro, pois vivem melhores, aqueles que têm as grandes satisfações nos momentos da vida, e entre eles estão os repassadores de otimismo, fé e esperança e que entendem que a vida não se encerra com os seus últimos suspiros ou com os transtornos deixados aos herdeiros pelo seu espólio.

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