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Rondon: “Morrer, se preciso for. Matar, nunca”.


Wilson Carlos Fuáh – Economista Especialista em Administração Financeira e Relações Políticas e Sociais em Mato Grosso - [email protected]
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Todo mês de Maio, é o mês de Rondon, e por isso, estaremos publicando e republicando nossa homenagem  a todos os cacerenses, poconeanos, mimoseanos e cuiabanos que trazem em seus registros esses sobrenome forte com as seis letras mais famosa de Mato Grosso: Rondon.
 Que ele seja um exemplo para todos os nascidos aqui, relembrando sempre a sua história e enaltecendo suas virtudes, e aos outros que não são daqui, que ao adotar Mato Grosso como a sua nova terra e antes de se lançar candidato a cargos políticos, procure conhecer a história da vida do nosso grande líder: Cândido Mariano da Silva Rondon, pois esse homem fez da sua vida, uma história de realização, honradez e honestidade.

Hoje, vemos pessoas recebendo Homenagens, Medalhas, Títulos e Nomes de Ruas, e às vezes nada fizeram por Cuiabá ou por Mato Grosso, são heróis sem vitórias, são realizadores sem obras e suas histórias não têm fatos e nem datas. Compare-as com a história de Rondon, veja o que esse homem fez, analise sua missão e sua vida de pacificador e realizador. 
 Nasceu em 5 de maio de 1865, perto de Cuiabá, no lugarejo chamado de Mimoso, filho de uma índia bororó. Portanto, de origem indígena por parte dos seus bisavós maternos e da bisavó paterna; ficou órfão aos 2 anos, foi criado pelo seu pai que fez um acordo com seu irmão que vivia em Cuiabá, para que fizesse uma promessa, ou seja, quando o menino Rondon estivesse, na idade para estudar, fosse levado de Mimoso para Cuiabá, e esse tio de paterno, cumpriu a promessa, e o trouxe para Cuiabá, que tinha mais recursos para formação do menino Rondon.

Rondon morando em Cuiabá, teve toda sua formação de base educacional, onde em 1881, aos 16 anos formou-se em graduação de curso médio para lecionar como professor primário, e em seguida transferiu-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar, e em 1890, recebeu o Diploma de Bacharel em matemática e ciências físicas e naturais da Escola Superior de Guerra do Brasil. 
 Apesar de toda a formação intelectual e graduações militares, Rondon nunca negou suas origens, dedicou parte da sua vida a proteção aos índios, e em 1913, acompanhando o ex-presidente americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras.
 Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem, demonstrando seu lema:
 “Morrer, se preciso for. Matar, nunca”.

Rondon foi um homem dinâmico e determinado, tendo feito grandes realizações e durante sua vida percorreu mais de 100 mil quilômetros, em lombo de burros, navegando pelos rios e enfrentando grandes adversidade, naquela época não havia estradas, ele abriu caminhos. Elaborou as primeiras cartas geográficas do Brasil de cerca de 500 mil km2, há que se lembrar de que naquele tempo não existia Satélites, GPS, os recursos eram escassos e mesmo assim ele conseguiu elaborar grandes obras cartográficas. 
 O marechal entraria para a história como o grande pacificador e o patrono das comunicações, tendo o dia do seu aniversário 05 de maio, instituído como o dia das comunicações.

O Dia Nacional das Comunicações foi criado em 1971, em homenagem a Marechal Cândido Rondon “que levou as comunicações e o atendimento aos mais recônditos e distantes pontos do país, assegurando a união dos brasileiros”. O decreto nº 51.190 de 26 de abril de 1963, proclamou-o Patrono da Arma de Comunicação do Exército.
 O patrono das comunicações, certamente não conseguiria imaginar toda a evolução do setor de comunicação, deixando o Brasil sob o olhar atento do mundo com uma inédita explosão na telefonia sem fio, na Internet, o celular de terceira geração e caminhando a passos largos para a plena convergência tecnológica de serviços e incluindo o País na Sociedade da Informação.

Rondon cumpriu sua missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos e estabelecendo relações com os índios. Manteve contato com muitas tribos, entre elas os bororo, nhambiquara, urupá, jaru, karipuna, ariqueme, boca negra, pacaás novos, macuporé, guaraya, macurape.
 Em 1906, entregou uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras de Paraguai e Bolívia. Seus trabalhos desenvolveram-se de 1907 a 1915. Nesta época estava sendo construída a ferrovia Madeira-Mamoré. A chamada Comissão Rondon deveria construir uma linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira.

Em 1910 criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Obteve a demarcação de terras de vários povos, entre eles os bororos, terenas e ofayés, eram trabalhos de dias e dias na mata sem comunicação e com equipamentos e ferramentas precárias, mas com trabalho dinâmico e perseverante, ele contribuiu para a preservação dos espaços dos povos indígenas, e em 1912, Rondon foi promovido ao posto de coronel, depois de ter pacificado os índios das tribos: caingangue e nhambiquara.

Em 1913, ganhou medalha de ouro “por trinta anos de bons serviços” prestados ao Exército e ao Brasil. Em 1914 a Sociedade Geográfica de Nova York conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone, e determinou a inclusão de seu nome em uma placa de ouro, ao lado de outros grandes exploradores.

Em 1914, com a Comissão Rondon, construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas: Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (depois Vila de Rondônia e atual Ji Paraná), Jaru e Ariquemes, na área do atual estado de Rondônia. Em 1º de janeiro de 1915 conclui sua missão com a inauguração da estação telegráfica de Santo Antônio do Madeira.

De 1919 a 1924, foi diretor de engenharia do Exército. Entre 1927 e 1930 inspecionou toda a fronteira brasileira desde a Guiana até a Argentina. Após a revolução de 1930, Getúlio Vargas, o novo presidente, hostilizou Rondon que, para evitar perseguições ao Serviço de Proteção aos Índios, deixou sua direção.

Em 1938, Rondon promoveu a paz entre a Colômbia e o Peru que disputavam o território de Letícia. No ano seguinte foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio.

Em 1952, Rondon propôs a fundação do Parque Indígena do Xingu. No ano seguinte inaugurou o Museu Nacional do Índio. Em 5 de maio de 1955, data de seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional, em 17 de fevereiro de 1956.

Os verdadeiros líderes nascem com missões a cumprir e Rondon deixou todo conforto do Rio de Janeiro, para desbravar os sertões, enfrentando animais selvagens, serpentes e todo tipo de doenças tropicais, mantendo os primeiros contatos com os povos indígenas, abrindo caminhos e interligando o Brasil de norte a sul pela comunicação telegráfica.

Temos que agradecer a Deus por termos  como conterrâneo, esse homem que saiu daqui para escrever seu nome na história do Brasil e do mundo, nós que nascemos nesta terra afastada dos grandes centros do país, onde tudo parece estar muito longe e inatingível, temos que exaltar sempre quando alguém sai daqui e faz sucesso com o seu trabalho e constrói obras eternas, Rondon nosso maior líder transformou num herói nacional, esse homem será sempre orgulho de todos nós.

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