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Quem é o santo no calvário do diabo?

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É até pecado chamar de santinho, aquele folhetim com fotografia de candidato que almeja algum cargo público nas próximas eleições. E não é pra menos: os interesses pessoais dos candidatos são, ou serão colocados acima de conceitos até então respeitados e admirados pela sociedade. Esses conceitos são diversificados e se iniciam desde cedo na formação da personalidade humana. Sua base de formação inicia-se na família, estendendo-se depois para a educação escolar e, por conseguinte, no trabalho, no qual o indivíduo (a) sentir-se-á membro efetivo e totalmente integrado (a) à sociedade.

Se fossemos traçar um gráfico do indivíduo constando, desde a fase inicial desse processo de formação até o farejar dos benefícios que a política produz, diríamos que o declínio da parábola, em termos ideológicos, seria a destruição sarcástica de sua índole. Antes que eu possa prosseguir, quero pedir desculpas àqueles políticos que honram o cargo que ocupam, mas a verdade é que, diz o provérbio: “os justos acabam pagando pelos pecadores”.

Um fato que impressiona nos mais desafortunados candidatos, é que eles são capazes de fazer verdadeiros milagres em época de campanha: dão casas aos pobres sem gastar um só réis, multiplicam o pão de cada dia do pobre, fabricam empregos num toque de mágica, exoneram a miséria, a discriminação social e racial, erradicam as epidemias da injustiça no grito, e por aí afora. Não é brincadeira não, mas outro provérbio popular diz que “a esmola quando é demais, o Santo desconfia”.
É melhor que fique bem claro que “Santinho é Santinho e Político, é Político. É preciso colocar cada coisa em seu devido lugar. Por exemplo, a relação entre “ser político” e “ser honesto” pode ser comparada com a relação entre cão e gato: eles não compartilham da mesma procissão e muito menos rezam na mesma cartilha. O que quer dizer que a romaria dos privilégios, das facilidades em praticar aquilo que é considerado ilegal, imoral e amoral, injusto, desleal e anti-ético, não combinam em gênero nem em número e muito menos em grau com os princípios advindos de berço. Para a desamparada sociedade que identifica um elemento desse quilate, sentir-se traída é o mesmo que identificar quem é o santo no calvário do diabo.
A ação dos políticos ao sustento às regalias, é executada sempre na calada da noite e, em especial, nas turbulências sociais provocadas inocentemente por ela mesma. Por esse ângulo de observação, seria o mesmo que colocar um espelho diante de si para que possa se ver cavando a própria sepultura.
Não adianta pensar o contrário, o povo é burro. O povo, entra ano, sai ano, não se convence do poder que tem, e cai nas simpatias anacrônicas e hipócritas, no “discurso decorado e repetitivo dos políticos a cada pleito eleitoral. O fato é que eles, de um jeito ou de outro, se auto-promovem, seja através da mídia, ou das habilidades de suas larapias.

Mudando de assunto, é importante que a sociedade esteja atenta quanto aos projetos que, se confirmarem – ainda vou apurar tais informações – são preocupantes e dizem respeito aos interesses dos trabalhadores. Um deles seria a extinção do 13º. Salário e férias. Propostas desse nível nunca são faladas em campanha por nenhum político. Acorda galera, que o mundo está em erupção!!!!!

Concluindo esse artigo que pouco tem a ver com qualquer um dos dez mandamentos criado por Jesus Cristo, é possível acreditar que – por moldes escusos e contrários aos anseios da sociedade – santo de casa faz milagres, sim. E que Deus nos proteja de todos os males, amém.

Gilson Nunes é jornalista – [email protected]

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