A executiva Estadual do PSB-MT em reunião do último dia (17/04) definiu como estratégia política o realinhamento das forças democráticas e avançadas de Mato Grosso, tendo em vista o cenário nacional e ampliar o diálogo privilegiado com o Partido dos Trabalhadores – MT, com o objetivo de montar uma chapa majoritária e proporcional para Mato Grosso, tendo à frente do projeto a candidatura de Mauro Mendes a governador e Carlos Abicalil para o Senado, além de abrir outros espaços na majoritária como vice para o PT.
O PT definiu na sua convenção nacional que as coligações nos estados devem necessariamente garantir um palanque unitário para a ministra Dilma Rousseff (PT) e o PSB-MT acatou a exigência e orienta seus militantes para um arranjo político nesta perspectiva, uma aliança de perfil socialista PSB e PT em Mato Grosso.
As razões são as mais diversas, vamos pontuar algumas vantagens desta aproximação:
Com esta composição teremos mais espaço político e tranqüilidade para discutir um projeto estratégico de desenvolvimento humano e social sustentável para Mato Grosso, consolidando definitivamente nosso movimento como uma inovação ética e uma alternativa de poder no estado.
Acreditamos que, com o PSB no poder, o PT-MT pode contribuir muito mais com Mato Grosso na formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento humano e social, assim como se destacou significativamente na única área social bem avaliada do atual governo, a educação pública de Mato Grosso.
Viabilidade eleitoral: com o alinhamento dos dois partidos PT/PSB e seus pré-candidatos às proporcionais, agregado ao nítido crescimento da candidatura de Mauro Mendes ao Governo do Estado, poderíamos eleger até seis deputados estaduais das duas forças, pelo menos dois e até três federais e um senador (Carlos Abicalil), fortalecendo sobretudo as bancadas estaduais de ambos os partidos que possuem atualmente, respectivamente, uma deputada do PSB, ligada aos movimentos sociais e dois parlamentares – PT, com a mesma linha política.
Esta nossa aproximação pode ainda ter o PDT no bloco esquerda democrática no estado (que também está na aliança nacional com Dilma presidente) e eleger mais um senador, Pedro Taques, que seria a chapa do senado dos sonhos da esmagadora maioria dos mato-grossenses, além da densidade eleitoral dos candidatos proporcionais que reforçaria ainda mais a chapa.
Uma aliança política deste quilate reforça o diálogo, há tempos abandonado entre os partidos que possuem laços ideológicos e bandeiras de lutas em defesa dos trabalhadores e que historicamente militam no campo das forças mais avançadas do estado, garantindo a plena execução de um grande projeto de renovação das instituições públicas e das formas de se fazer política no legislativo e executivo ainda dominado pela hegemonia do capital.
Independentemente das decisões democráticas e autônomas que o PT-MT venha a tomar neste encontro de táticas eleitorais reafirmamos nosso compromisso partidário com a eleição de Dilma a Presidente e nossa disposição inquebrantável de marcharmos juntos pela construção verdadeira de um Mato Grosso para Todos, garantindo a continuidade das mudanças sociais que o Brasil vive a partir do Governo Lula e também de começar a construí-las em nosso estado, Mato Grosso precisa e merece esta opção política.
Ressaltamos o momento rico e a oportunidade histórica que estamos vivendo e que construímos ao longo de nossas vidas e lutas nos movimentos sociais e partidários deste estado de ter sob nossa condução o governo do Estado, para atender às necessidades prementes daqueles que dele mais precisam.
Nada a temer se não o correr da luta. Nada a fazer se não esquecer o medo! Abrir o peito a força, numa procura. Fugir às armadilhas da mata escura. (Música de Sérgio Magrão e Luís Carlos Sá, Milton Nascimento e Lula Barbosa).
Valtenir Pereira é deputado federal e presidente do Diretório Estadual do PSB em Mato Grosso.