Esta é a pergunta que todo paciente deveria ter em sua mente. No posto de saúde, PSF, existem mecanismos próprios para atender as suas necessidades, tendo como prioridade à melhoria da qualidade de sua vida. Existem programas direcionados ao monitoramento de sua saúde, baseados nas informações produzidas no seu cotidiano e transmitidas pelo agente de saúde de seu bairro.
Quando o paciente/cliente dirige-se ao pronto atendimento, há uma ruptura neste processo, pois dentro de um pronto socorro o mesmo passa ser tratado como um mero caso, não havendo o conhecimento, por parte dos profissionais, de suas necessidades.
A estrutura está voltada para procedimentos de emergência, não havendo disponibilidade de atendimentos longos e baseados no histórico anterior do paciente.
Quando a ordem correta dos acontecimentos não é obedecida, isto é, ao invés de ir ao posto mais próximo de sua residência, o paciente / cliente se dirige ao pronto socorro, desencadeiam conseqüências que atingem ambos os lados da questão.
Para o paciente o atendimento poucas vezes é satisfatório, sua dúvidas não são ouvidas e quase sempre, para ele, a espera na sala é maior que a conversa com o médico.
Para os profissionais responsáveis pelo plantão, também não é o ideal, pois atendem pacientes estressados em local impróprio. O aumento no fluxo de atendimentos diários transforma um pronto socorro em um postão improvisado, que trabalha no limite de suas estruturas e profissionais.
Anderson Alves Valle é farmacêutico/bioquímico do Laboratório de Análises Clínicas Municipal