Pelego é palavra gaúcha, define na gíria, alguém que não se presta a ter voz própria e aceita tudo que lhe é imposto. Pelego é capacho, é alguém que só diz amém.
Lembro dos professores que mais admirava, eram aqueles que buscavam inovações. Nos encorajavam para sermos críticos e não passivos diante de situações que nos eram impostas. Muitas vezes pela diretoria, que naquela época tinha autoridade.
Hoje em tempos que já estão bastante mudados os professores se reúnem e discutem sobre o que fazer para controlar os alunos que não os respeitam dentro e fora de sala de aula.
Uma situação constrangedora, bem mais que a dos pais terem de assumir o papel que é do Estado, quando promovem festas, pedágios, ações entre amigos e pedidos de contribuições para manter a estrutura física da escola e pedagógica dos educandários.
Não precisamos nem entrar nas escolas para vermos a situação na qual se encontram. Uma passagem pela frente de muitas delas e um olhar mais atento, nos revelará que não parecem ser instituições de ensino.
Quando se precisa ter escolarização e a própria escola não se enquadra no perfil, fica difícil de se exigir respeito dos alunos. Quando existem problemas com a segurança de alunos e professores, dentro da própria escola é o sinal da falência da instituição.
A combinação da falência familiar, com falência educacional, está acabando com a classe educadora. Está transformando em pelego, pela falta de reconhecimento, pela falta de respeito, não do aluno que é mais uma vítima, uma classe de profissionais que deveria servir de referência para todas as outras. O professor.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira é contabilista em Sinop