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Plano B

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Quando escrevi a “A traição de Judas” disse que Pedro Henry poderia trair Maggi. Agora todos os jornais impressos e on-line falam do “amigerado” Plano B que, em resumo, nada mais é do que a candidatura do neocoronel Henry para o governo de Mato Grosso. Lógico que é um blefe para que ele se garanta como candidato ao senado; porém, se for mantida a verticalização e Blairo ficar no PPS, Pedro poderá por as asinhas de fora.

Vou insistir em bater na mesma tecla: sonho com a perspectiva de ver o PFL de Jaime e Júlio, o PP (Partido do Pedro) e PT de Serys e Alexandre em um mesmo palanque. Sei… Sei que é quase impossível que os três se juntem, mas não custa sonhar. Penso que não mereço tamanha honraria… Ver o castelo de cartas ruir com um leve vento. Assistir a derrocada final da oligarquia Campos; junto, o “coronel” do oeste e, de quebra, os ex-vermelhos de carteirinha morrendo abraçados com a “direitona”. É… Verdadeiramente seria apocalíptico. Acredito que, no máximo, PT e PP se unam, mais é impossível.

Se eu pudesse conversar sobre política com o governador, diria: faça uma pesquisa de opinião que levante os pontos fracos e os índices de rejeição de Jaime, Pedro e Serys e, simultaneamente, prospecte as vantagens e desvantagens de andar com essa turma e de estar “afinado” com o governo federal. Mesmo sem ter resultado sei que poderia dizer: – governador, antes só…

Quando li as matérias sobre o Plano B não pude deixar de me lembrar do Plano Cohen. Um plano falso atribuído aos comunistas que fez com que Vargas implantasse no Brasil o Estado Novo (1937 -1945). Uma falácia que deu certo. Só que havia um plano, este arquitetado por Eurico Gaspar Dutra e Olímpio Mourão Filho, a mando de Getúlio. O Plano B é apenas um nome, uma ficção, mais uma frase de efeito. Por isso não pode prosperar e nem merecer consideração por parte do Paiaguás. É um verdadeiro „ouro de tolo‰ que não terá guarita no eleitorado mato-grossense.

Na atual conjuntura política, a reeleição de Blairo é certa e se ele quiser elege o senador; não importa o nome: Pivetta, Pagot ou Marcos Machado. É isso que o governador pode aferir com pesquisas e com um pouco tino político dizer que não é, e nunca será, refém das oligarquias decadentes ou de um “coronel” neófito que supera o Lula em fanfarronices e bravatas.

Um livro que deveria ser lido por todos os que fazem política é “A Arte da Guerra” de Sun Tzu que aconselha: „… a melhor política é obter a vitória, atacando a estratégia do inimigo. A segunda melhor política é atacar as suas alianças por meio da diplomacia; em seguida, é atacar seus soldados, lançando um ataque ao inimigo. E é necessário ter a clareza de que „ é mais fácil ao fraco parecer forte do que o forte parecer fraco.‰ Como a “briga” está só esquentando, voltarei ao tema.

Sérgio Cintra é professor em Cuiabá e Várzea Grande.

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