PUBLICIDADE

Olimpíada eleitoral: Quem vai para o podium?

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Bom, sem a utopia do primeiro podium olímpico da seleção brasileira de Dunga, agora o eleitor poderá gritar para os quatro quantos do Brasil que as próximas eleições podem representar uma esperança de medalha na modalidade “crescimento dos municípios” e, conseqüentemente, o nosso glorioso “Gigante pela própria natureza”. Mais uma vez a sociedade brasileira tem a oportunidade de escolher seus representantes e, assim, exercer o seu direito de cidadania. A escolha não será menos difícil que as escolhas nos pleitos anteriores. Pelo contrário, será ainda mais difícil, uma vez que o STF, categoricamente, expôs a dita cuja “lista suja” dos candidatos que, de forma direta ou indiretamente, fraudaram, roubaram e/ou praticaram qualquer tipo de sacanagem que lesou não apenas os cofres públicos, mas, também, “’borrou” sua própria personalidade.

Colocar o povo para fazer justiça através do voto não é apenas um presente de Grego, mas, também, a prova crucial da falta de competência e de coragem da nossa digníssima magistratura. É aquela velha história: colocar uma placa numa estrada informando a população que ela está esburacada, é mais cômodo que arrumá-la. Entretanto, no caso do eleitor a situação é ainda pior, pois ele vai ter que saber discernir, em meio a tantos blá, blá, blás, o que é promessa e o que é proposta.
O dom de enganar parece estar no sangue. Não é a toa que o político consegue convencer à sociedade, por exemplo, de que o defunto está vivo. Durante a campanha, em outro exemplo, o candidato expõe com certa facilidade, conhecimento amplo de todos os problemas sociais, e vai mais além: tem a solução para todos eles. A receita do município sempre será superior às dificuldades e às obras a serem executadas. E o povo, por mero descuido que a ignorância lhe faculta, acredita. Fico embasbacado!

Enquanto isso a justiça no afã de que fez o seu papel de mocinho – por divulgar a lista suja -, cruza os braços e assiste a divina comédia humana eleitoral. Afinal, quem ganha a medalha de ouro? Seria o povo que na ilusória expectativa de ter votado no melhor candidato, acredita ter acendido a chama da tocha olímpica eleitoral do progresso e do crescimento, ou o candidato que, mesmo com o nome sujo, conseguiu ser medalha de ouro na conquista da opinião pública que ignorou suas falcatruas, seus podres ou, ainda, a magistratura que tornar-se-á medalhista de ouro ao poder culpar o povo por ter votado num candidato sujo, suspeito, publicamente “não confiável” em todas as instâncias da respeitabilidade, dignidade, honestidade, caráter e tudo o mais que a ética permita. É importante que a sociedade entenda, de uma vez por todas que, quem teve a oportunidade de fazer e nunca fez, e, ainda tem o seu nome na lista suja da magistratura, com certeza não fará agora, nem amanhã e nem nunca.

Pois é, as olimpíadas acabaram e o Brasil está de volta à sua realidade. Os poderes constituídos em plena maratona em busca de seu podium, praticando largos saltos com ou sem barreiras para atingirem os seus objetivos. Enquanto isso a sociedade, sem o devido amparo das leis, procura um super-herói, um super-star que encante os sonhos da cidadania e da prosperidade publica

Gilson Nunes é jornalista e técnico de T.I. – [email protected]

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A evolução tecnológica desempenha um papel fundamental no fortalecimento...

Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

A prática de exercícios físicos após um infarto do...

Cuidando do quintal do vizinho

É curioso observar a hipocrisia de alguns países europeus...