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O sentido da vida: a urgência de desacelerar

Wilson Carlos Fuáh –  especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, graduado em Ciências Econômicas, pensador e observador do comportamento humano, escreve sobre as emoções, cotidiano e a busca por sentido em meio aos desafios da vida contemporânea - [email protected]
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Em um mundo dominado pela pressa, a busca constante por produtividade e perfeição tem deixado marcas profundas na saúde emocional das pessoas. Mesmo com todos os cuidados, é necessário, às vezes, permitir que a vida nos surpreenda e extrapole os limites do controle. Isso não significa negligência, mas sim coragem para ser protagonista da própria história — e não uma personagem vitimada por momentos mal calculados.

A insatisfação humana parece permanente. Criamos desculpas para não viver o presente e alimentamos a ideia de que ser um “vencedor” é obrigação. A perfeição é uma meta diária: em alguns momentos é alcançada, em outros, descartada como algo ultrapassado ao fim de mais um dia. E assim seguimos, esgotados.

Frases como “hoje eu não posso” ou “não tenho tempo para nada” viraram a senha de um esgotamento coletivo. A rotina aprisiona e a mente opera no automático: conectada aos afazeres, sem espaço para pausas. Quando 24 horas se tornam insuficientes, é sinal de que perdemos a chave que poderia nos desconectar dos problemas — mesmo que por instantes.

Ninguém está imune às surpresas da vida. Elas fazem parte do percurso. O problema surge quando pequenas adversidades causam grandes impactos emocionais. O estresse, quando se torna companheiro constante, afeta nossa capacidade de reagir com equilíbrio. Uma crítica ou rejeição social pode desencadear reações desproporcionais, minando relacionamentos e a autoestima.

A boa notícia é que é possível mudar esse ciclo. Aprender a lidar com as emoções, aceitar os limites e valorizar o prazer de viver são passos fundamentais. O sentido da vida está diretamente ligado à nossa disposição para cultivar vínculos saudáveis, desacelerar e perceber o que realmente importa.

As derrotas fazem parte do processo. Muitas vezes tentamos enganar a nós mesmos com pequenas conquistas sem profundidade. Mas o coração — esse sábio inquieto — logo percebe a diferença entre a euforia passageira e a realização genuína. Ele desperta o corpo e a mente para um desejo maior: o de viver com propósito.

 

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