Muitos projetam o complexo de culpa nos outros e acham que tudo de ruim que lhe ocorre é culpa do governo, dos colegas, dos parentes ou dos pais. Desse modo, deixam de assumir responsabilidade de errar e aprender com os seus próprios erros, pois creem que seus fracassos são sempre culpa dos outros.
Ao tomar decisões somos beneficiados pelas energias imaginárias que guiam nossos pensamentos e sentimentos, pois somos partes do mundo composto por membros efetivos e definitivos de sucessivas reações boas ou más patrocinadas por objetivos claros ou não, com metas certas ou incertas, às vezes assumidas pelo desespero das decisões inconsequentes ou cobradas pelo mundo mediático, pois a vida nos oferece sempre dois lados, um que nos estrutura e nos eleva, e o outro, que nos enfraquece, deprime e às vezes pode nos derrubar, deixando tudo em volta com sentimento debilitado.
A vida nos propõe sempre duas opções: a vida real que é formada por obstáculos e a vida ideal que está no imaginário imprudente, onde não existem problemas, e nessas facilidades obscuras nas buscas desenfreadas pela acumulação material, sem saber, estamos sendo chamados a exercitar as transgressões da ética existencial, esquecendo o caminho dos justos por imaginar que a missão dos honestos é quase impossível, mas muitos esquecem que ninguém alcança o sucesso sem trabalho edificante.
Há, entretanto, os que se tornam prisioneiros do passado e dele nunca saem porque acham melhor descansar nas esquinas frágeis da personalidade formada na faculdade da indecisão e preferindo usufruir deste descanso, indefinidamente marcado pela falta de vontade de seguir em frente e preferem ficar esperando na fila dos necessitados de ajuda.
Precisamos entender que todos os seres humanos têm um desejo central, um tema básico em torno do qual giram seus pensamentos mais íntimos e que pode produzir vitórias ou derrotas, dependa das decisões a serem escolhidas, porque a vida é feita de escolha.
Nascemos simples e somos criados na maior simplicidade, ignorante do bem e do mal, e sem conhecimentos intelectuais, mas dependendo dos esforços individuais, alguns chegam próximo da perfeição e se destacam mais que os outros.
Wilson Carlos Fuáh – Economista, especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas.
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