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No Brasil os partidos são descartados facilmente

Wilson Carlos Soares Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso - [email protected]
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Fica a grande dúvida, de quem é a vaga conquistada durante a eleição: é do Partido ou é do Candidato eleito?

Vejam que até os políticos não sabem qual a sua ideologia propriamente dita, pois só após eleger-se, é que descobre que está em partido errado, e por isso criaram a “janela” para sair, e assim, o Partido fica sem o cargo conquistado na eleição e o Candidato eleito vai embora com o cargo embaixo dos braços, desfazendo do reconhecimento da estrutura e dos recursos do partido que lhe ajudou a eleger-se.  

E usando essa tal “janela”, o sentido da ideologia partidária está sendo jogado no lixo da história política do país, e aquele velho conceito que os políticos antigos e os velhos filiados tinham no coração o seu partido, pois a  escolha de um partido era pelo entendimento que aquele partido seria o “seu”, pelo conjunto de ideias ou reunião de pessoas com o mesmo pensamento que se agrupam legalmente para congregar através das ações políticas, econômicas e sociais.

Para que um regime democrático possa funcionar, necessariamente tem que existir: o voto, que é exercido pelos eleitores, mesmo que seja em forma de escolha obrigatória e os partidos políticos que congregam as mesmas opiniões e as ideias dos seus filiados num mesmo partido.   

Nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há como disputar um cargo eleitoral, se o candidato não for filiado a um partido.  No Brasil, existem muitos partidos para  poucos líderes e  ideologias em excesso, o que se vê, são ferros velhos de partidos, carcaças partidárias e destroços ideológicos espalhados pelo Brasil afora.          

 Hoje os políticos estão misturados por falta de não saber qual é a sua ideologia,  são  lideres com desejos individuais e próprios ou impróprios, e ao  sentir a falta de espaço e a incapacidade de congregar com as pessoas com ideias conflitantes ao seu crescimento individual ou suas reeleições, criam novos partidos,  que reúnem os “descontentes” e os “contrariados” girando em torno desse novo partido que ele  podem chamar de “só meu”.    

São tantas ideologias para ser exercitadas  por poucos líderes, e com a esperteza e gosto pela permanência no poder, faz como que nasçam vários partidos a cada ano, não pela necessidade de diversificar os diferenciais conflitantes no plano das ideias sobre  política, sistema econômico e divergência de  classes em busca de um sistema social possível, mas sim pelo espaço nas próximas eleições.             

A história recente registra, estruturas partidárias dominadas por aproveitadores, que de forma legal oferecem as siglas  como “barriga de aluguel”  e ao mercadão do caixa 2, que financiou a  venda de horário político, em nome do retorno futuro. 

Os princípios partidários que vislumbram os  objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários partidários.         

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