É triste constatarmos como as ideologias políticas costumam se sobrepor à razão e ao bom senso de alguns indivíduos, levando-os a emitirem opiniões equivocadas, carregadas de preconceitos e até mesmo com certo sentimento de ódio em relação aos seus semelhantes, que na maioria das vezes nem conhecem pessoalmente e aos quais criticam e condenam, sem a mínima responsabilidade, senso de justiça e amor á verdade.
Mas, o que será a verdade nestes dias de trevas, que nos remetem aos tempos medievais, ou então, aos períodos negros da história moderna, quando líderes carismáticos, empunharam bandeiras e idéias, manipularam as massas, usurparam o poder e instalaram regimes políticos dizendo-se socialistas , comunistas, nazistas ou fascistas e deixaram atrás de si, milhões de cadáveres, pátrias destroçadas e seguidores alienados?
O que será a verdade hoje, quando a mídia servil, globalizada, engajada nos financiamentos milionários das verbas públicas, escrevem e mostram as informações que interessam ao poder instalado desde que a fonte dos recursos imprescindíveis a seus projetos megalomaníacos sejam mantidas?
O que será a verdade para um povo, que assume valores oriundos de outras pátrias em detrimento da sua, e absorve conceitos e preconceitos da mesma forma que interage nos reality-shows diários ou se compraz no ópio das telenovelas que entorpecem o senso crítico e embotam a inteligência, com o exato propósito de tornar mais fácil a dominação ideológica?
O que será a verdade, nestes dias em que interesses econômicos e geopolíticos mundiais, ditam as normas internas de países e interferem na vida diária das pessoas e cooptam indivíduos inconscientes de sua cidadania, sem compromissos com a pátria mãe, que preferem copiar modelos políticos já sepultados pela história, repetindo chavões e discursos aprendidos com Karl Marx, Michell Foucault, Marilena Chauí e outros, a terem que elaborar e enfrentar os próprios desafios que lhes impõe o trabalho como agente de desenvolvimento,promoção social e evolução espiritual?
O que será a verdade, nos dias atuais, quando uma Ministra de Estado de um país que tem uma Constituição a ser cumprida, desencadeia uma mega-operação de cunho ambiental, ao custo de cento e oitenta milhões de reais, fundamentada em dados já comprovadamente falsos, produzidos sob encomenda pelo INPE e mesmo assim, o insiste em gastar estes recursos, e através da coação policial e do sensacionalismo da mídia global brasileira, que tem como principal acionista uma multinacional americana do ramo, espalham o medo, a insegurança, o desemprego, a miséria, o atraso, o retrocesso, denigrem e causam prejuízos milionários ao país?
Talvez para alguns poucos que se contentam em ser medíocres quando poderiam ser grandes, se não se fiassem em verdades absolutas produzidas por terceiros e por esquemas e sistemas, seja difícil responder aos questionamentos que faço neste artigo, pois suas crenças baseiam-se em utopias e ideologias desprovidas da práxis, e por isto, são grandes falsários da verdade. Porém, para aqueles que, acostumados desde cedo ao trabalho árduo pela conquista do seu pão diário, e ainda responsáveis pelo pão de tantos outros, capazes de arcar com os custos de se produzir em um país sem memória, a resposta se torna simples, pois basta a estes mergulharem dentro de si mesmos, e ela lá estará , a verdade, esta fênix da eqüidade, esculpida, a ferro, fogo, lágrimas, suor e trabalho, em suas mãos calejadas, no cerne de suas almas e na paz de suas consciências.
E é isto, que nestes dias de trevas, os fazem assim como eu a ficarem ao lado da razão, e com tal firmeza de propósitos, que nem a tirania, a vileza e a paixão comum dos governos e dos ideólogos das utopias criminosas nos desviam dela.
Mas para aqueles, aos quais convém continuar acreditando em seus próprios argumentos ou nos argumentos dos teóricos que pregam a filosofia da miséria e da falta de liberdade, eu deixo aqui um convite: Ouçam, nesta terça-feira pela manhã, em dezenas de cidades do Mato-Grosso, o grito dos brasileiros injustiçados que reagem à espoliação de seus direitos, sua dignidade, seus sonhos. Será O GRITO DA VERDADE. Entre eles estarão, muitos que foram ofendidos no artigo a que me refiro no título deste que acabo de escrever. E saiba autor do mesmo, nobre neófito das artes de Tot e Hermes, que eu lá estarei, caminhando lado a lado com estes homens e mulheres notáveis, com orgulho, pois mais uma vez estaremos fazendo história neste país, enquanto você, o máximo que fez, foi ser injusto e dar uma grande lição de estupidez, quando citou nomes e ofendeu a honra de pessoas de bem, falando de assuntos que não conheces. Mas seus advogados, com certeza, lhe explicarão isto melhor. Por mim só lhe deixo um sábio conselho que aprendi com um dos meus amigos filósofos:
“Sirva este de memorial à razão e ao bom senso, aprenda, que é no silêncio cauteloso que a sensatez se refugia”.
Baltasar Gracian
Clayton Arantes é acadêmico de jornalismo e liderança rural