A eterna e ensaiada conversa dos administradores municipais de que os municípios estão “sempre” quebrados não passa de disfarce e cortina de fumaça para justificar a inoperância e até atos de improbidade de muitos gestores. Qualquer um de tenha uma mínima noção de administração pública sabe que na realidade o grande problema nas prefeituras não é a falta de dinheiro, e sim o que é feito com o dinheiro que sagradamente as prefeituras recebem todo mês (FPM, ICMS, Receitas próprias, Convênios, etc..). Se existe um setor que não tem preocupação com crise é a administração pública, pois enquanto o administrador privado tem que “pular miúdo” para obter recursos para manter sua empresa, na coisa pública o dinheiro vem de qualquer jeito, faça chuva ou faça sol, esteja o povo quebrado ou não.
Mais de 10 anos como Secretário Municipal me credenciam a afirmar que a “ordem” na administração é sempre alegar falta de recursos quando na verdade os recursos existem, só que, na maioria das vezes os gestores têm “outros planos” para eles.
Uma despesa muito apreciada por gestores que atuam nessa linha são os “malfadados” contratos de prestação de serviços, que são difíceis de serem fiscalizados e aferidos pela população, e aí, não tem dinheiro que chega.
Fala sério.
Éber José de Oliveira é acadêmico de Direito em Nova Canaã do Norte
