Muito tem se chateado o povão com a má qualidade da propaganda eleitoral, mais ainda porque a sociedade arca com os custos do chamado “horário eleitoral gratuito” (rádio e televisão) que segundo um ministro do TSE chega a custar cerca de um bilhão de reais.
É renúncia fiscal (dinheiro que o governo deixa de receber), igual a esses benefícios que fizeram do Mauro Mendes um milionário, sócio do Eike Batista. Renúncia fiscal é o dinheiro que premia cantores de lambadão, ritmo defendido pelo o outro Mauro, o “socialista libertário”.
Os marqueteiros estão fazendo um grande desserviço à Democracia, com a droga que estão expondo nos programas eleitorais exibidos na televisão, no rádio e naquelas porcarias que estão nas ruas (cavaletes e painéis).
Acho até que esses profissionais, com óculos fundo de garrafa (tipo PC Siqueira), jeitão de nerd, visual Restart e idéias de criação iguais ao Ratinho combinado com a Sonia Abraão fizeram um acordo entre si: independente de quem seja o candidato que esteja pedindo votos, deve tratar o povão como trouxas.
Ora, não me interessa ver na TV quem é a família do Guilherme Maluf. Ou ele diz porque a saúde não funciona (talvez seja culpa dos hospitais particulares) e o que ele fará para remediar, ou então se explique porque recebia salário da Secretaria de Saúde de Várzea Grande sem bater ponto.
O povo não quer ver as “novelinhas” que mostram o quanto o candidato é dedicado à família e como ele sofreu no passado. Não quero lágrimas. Quero propostas. Se for pra ver novela prefiro a Juliana Paes e não o programa eleitoral. Ou então ver o Ludio explicando sua fidelidade a Lutero (o vereador) e o Carlos Britto falando em criar Guarda Municipal. Aliás, a PM “descia a borracha” em estudantes e moradores que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus quando o Britto chefiava a Segurança Pública. Será que ele vai se explicar “pro” povo?
Fato é que os marqueteiros recebem fortunas por seu trabalho, encarecem em demasia as campanhas e não estão inovando em absolutamente nada. Na melhor das hipóteses estão enchendo nossas ruas de lixo eleitoral e levando os candidatos a responderem processos por propaganda ilegal.
Que estes seres “iluminados” e bem pagos façam uma reflexão, contribuam com a Democracia, ajudem a educar o povo, incentivem a obediência às leis ou se sujeitem a pecha de que são os “anti cristos” da eleição de 2012.
*Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery são ativistas do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral)