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Insustentabilidade Ambiental, Social e Econômica

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As condições atmosféricas, climáticas e ambientais que envolvem o município de Sinop, o Estado do Mato Grosso e a região amazônica, chegaram a níveis insustentáveis a poluição atmosférica está acima do que é aceitável para a saúde humana, milhares de pessoas estão sendo agredidas com problemas respiratórios, alergias, a natureza esta sendo destruída, nos tornamos reféns da poeira das temperaturas altíssimas, da fumaça, da baixa umidade do ar e da falta de chuvas e ainda tem gente que ousa dizer que por aqui há qualidade de vida.

Os inimigos da natureza e da sustentabilidade em nome de um “pseudodesenvolvimento econômico” continuam avançando sobre a floresta amazônica praticando crimes ambientais queimando, derrubando, extraindo e destruído a biodiversidade existente no ecossistema amazônico, isso movidos pela ganância e pelo egoísmo. Essas pessoas não se deram conta ainda de que a floresta amazônica é responsável pelo equilíbrio climático da nossa região, de grande parte da América do Sul e pela dinâmica das massas de ar que se formam sobre a floresta que são responsáveis pelos níveis de precipitações, de chuvas na região e que interferem até na quantidade de chuvas que caem na Argentina.
A destruição da floresta está trazendo conseqüências graves para a biosfera terrestre, para o clima da região, para a economia e para toda a sociedade. Os cientistas estão prevendo o aumento da temperatura nos próximos anos de 3ºC a 4ºC por conta do aquecimento global, resultante também das queimadas na floresta amazônica. Com temperaturas elevadas e ausência de chuvas a nossa região poderá se tornar num semi- árido, não havendo chuvas não haverá pastagens, não haverá monoculturas não haverá extrativismo vegetal, ou seja teremos que emigrar para regiões de climas amenos, porque aqui vai se tornar insustentável.

A sociedade tem que se dar conta de que o modelo econômico pautado na devastação desenfreada da natureza é o mesmo responsável pela crise econômica que atinge o nosso município, o nosso estado e a região amazônica, esse modelo é insustentável do ponto de vista ambiental, econômico, social é excludente porque acumula riquezas nas mãos de poucos e compromete a sobrevivência das espécies e das futuras gerações.
Não podemos mais continuar passivos e sufocados diante dessa calamidade pública que se repete neste período todos os anos,todos nós somos responsáveis pela sustentabilidade do nosso município, estado e do nosso país, não podemos mais ser coniventes com esse tipo de insanidade, se os poderes públicos constituídos não estão dando conta de educar, fiscalizar, coibir e multar, está na hora de nós sociedade civil nos organizarmos para cobrar,exigir,denunciar e contribuir na construção de uma sociedade sustentável.

Serlene Ana De Carli é membro da ECODAN e professora de Geografia em Sinop

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