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Governos e a Exposição Diária

Wilson Carlos Soares Fuáh – Graduado em Ciências Econômicas - É Especialista em   Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas - [email protected]
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Nos últimos anos, tornou-se rotina ver governantes expostos diariamente em coletivas, entrevistas e debates. Para a imprensa, esse acesso é valioso. Para a sociedade, significa maior transparência. Mas, na prática, o excesso de aparições tem um custo alto: consome tempo, energia e desvia o foco da administração.

As Secretarias de Comunicação, que antes tinham papel central na mediação entre governo e sociedade, foram perdendo relevância. Muitas se transformaram em simples coordenadorias, restritas à burocracia e ao contato com agências de publicidade. O resultado é um vazio estratégico: falta quem exerça a função de porta-voz oficial e, sobretudo, quem proteja o governante dos desgastes previsíveis de uma exposição exagerada.

Sem esse filtro, presidentes, governadores e prefeitos acabam sabatinados diariamente, muitas vezes sem preparo para lidar com todos os temas. As entrevistas se tornam palco de confrontos com jornalistas, choques com outros poderes e declarações mal interpretadas. O que deveria ser transparência se converte em desgaste.

Vale lembrar: a imprensa cumpre seu papel ao questionar e renovar pautas. Já ao governante cabe prudência. Dominar um debate exige equilíbrio, preparo e consciência de que não há respostas imediatas para tudo. A vaidade de querer aparecer todos os dias pode se tornar uma armadilha política.

Comunicar-se bem não significa estar sempre em evidência, mas sim entregar resultados. A melhor propaganda de qualquer governo é obra lançada, projeto concluído e compromisso cumprido. É isso que dá legitimidade ao discurso e fortalece a confiança da população.

Gestão pública exige método: reuniões semanais com secretários, cobrança de resultados, avaliação crítica de avanços e entraves. Assim, o líder conhece de fato o seu governo, fiscaliza a si mesmo e ajusta os rumos.

O contrato social firmado no voto se cumpre com resultados concretos, não com confrontos midiáticos. Governar é realizar. O resto é ruído.

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