PUBLICIDADE

Governo Dilma é volta ao passado

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ao acabar com a hiperinflação o Plano Real permitiu que todos os brasileiros passassem a obter ganhos substanciais com os aumentos de renda que chegaram principalmente aos mais pobres.

Em quase dois anos e meio de mandato, a maior proeza de Dilma Rousseff foi levar o Brasil de volta ao passado. Tudo em seu governo é improvisado e assim as medidas, muitas delas prometidas durante a campanha eleitoral, vão sendo adiadas para um futuro cada dia mais incerto. Da reforma tributária às 6 mil creches, as promessas de campanha se perdem como confetes em dia de chuva.

Todos sabem que tomar o futuro como cúmplice é um jogo perigoso. Os brasileiros pagaram muito caro pela hiperinflação resultante do artifício de remeter para o futuro as medidas saneadoras que deveriam ser adotadas já.

O governo Dilma vem cometendo os mesmos erros que levaram o Brasil à estagnação no passado recente. A inflação não parou de aumentar em 2011, como prometido, não foi estancada em 2012 e neste ano disparou além da meta dos 6,5%. A queda de novo adiada já está ancorada no tal longo prazo, tempo que ninguém consegue definir.

É a inflação do governo omisso e irresponsável, que deixa de fazer o necessário para o país porque não quer assumir riscos de perder popularidade com medidas de austeridade – cortes de gastos, por exemplo.

Só que os efeitos da inflação descontrolada são sentidos, aqui e agora, nos preços dos serviços e mais fortemente ainda na cesta de alimentos da população de menor renda.

Esta é a inflação da incompetência. O Brasil plantou bem e colheu uma safra recorde de alimentos este ano, mas os preços não caíram como deveriam porque os buracos das estradas e a falta de condições adequadas para o armazenamento dos grãos engolem parte da eficiência dos agricultores.

Ao menos este ano não há falta de dinheiro. Dos R$ 27 bilhões destinados aos transportes, o governo só conseguiu aplicar R$ 2,4 bilhões até abril, o equivalente a 9% do total.

Mas nada se compara à inflação da reeleição, esta componente que resulta do intervencionismo do Palácio do Planalto na gestão econômica em obediência à uma agenda populista em busca do crescimento econômico a qualquer custo.

A primeira vítima dessa política desastrada do governo é a queda de credibilidade na autoridade econômica. Os empresários deixam de confiar nas autoridades econômicas e adiam suas decisões de investir.

A gastança do governo, causa estrutural da inflação apontada pela maioria dos economistas, continua intocável. Enquanto isso, como exigem os estrategistas da reeleição de Dilma, o Ministério da Fazenda segue com as tais desonerações, as renúncias de impostos que o governo concede a setores escolhidos da produção.

Em 2013, as desonerações vão chegar a R$ 72,1 bilhões de reais, recursos que deixam de entrar nos cofres do tesouro nacional e vão para as contas das empresas. Ano que vem, quando ocorrerá a eleição presidencial, serão R$ 91,5 bilhões.

Os resultados colhidos na anunciada alavancagem da economia foi o pibinho de 0,9% ano passado e os 4,5% deste ano já minguaram para 3% ou 2,5% nas previsões do setor produtivo.

O crescimento não vem, a inflação não cede, as obras atrasam e encarecem, mas o discurso do governo está bem servido de medidas improvisadas, destinadas a setores escolhidos – ou eleitos – e recheado de muito dinheiro. Essa conta eleitoreira o governo lança na dívida pública sabendo que no futuro vai cair no bolso de todos os brasileiros.

Deputado Nilson Leitão, líder da Minoria na Câmara dos Deputados

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Saiba usar o poder de recomeçar

Algumas pessoas apesar de ter a consciência do desperdício...

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A evolução tecnológica desempenha um papel fundamental no fortalecimento...

Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

A prática de exercícios físicos após um infarto do...