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Goleada de Cuiabá

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Nos anos 60, era um pesadelo enfrentar o Santos de Zito, Mengalvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe; o Palmeiras de Dudu e Ademir da Guia, Gildo, Servilio, Tupanzinho e Rinaldo, ou ainda o Botafogo de Nilton Santos e Didi, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagalo. E olha que estou deixando de lado maravilhas como Gilmar, Djalma Santos, Carlos Alberto Torres, Rildo, Zózimo, Ferrari, Manga, Valdir, enfim, outra seleção. Esses times entravam em campo com uma certeza: o bicho estava garantido.

Mas por que estou lembrando isso? É que Cuiabá entrou em campo na disputa para ser uma das sedes da Copa do Mundo com um time como aqueles dos sonhos que davam espetáculo atrás de espetáculo. Tecnicamente, nosso elenco não tem comparação. A começar pela história.

Cuiabá, centro geodésico da América do Sul, tem história. A primeira Copa do Mundo sediada pelo Brasil teve a participação de um cuiabano, o presidente Eurico Gaspar Dutra, que, inclusive, viabilizou a construção do principal templo do futebol brasileiro, o Maracanã. E a segunda também tem a participação do Cidadão Cuiabano Ricardo Teixeira, que adiou o projeto pessoal de ser presidente da FIFA para garantir nossa segunda Copa.

E a história de Cuiabá tem mais brilho. A cidade nasceu antes do estado, foi, no tempo das capitanias, capital de São Paulo. Cuiabá é a mãe de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e de todas as cidades dos dois estados. Aqui o turista que vier para a Copa de 2014, nos dias em que não houver jogos terá muito o que fazer e o que apreciar, além da gastronomia, à base de peixes que encanta a todos (encantou inclusive a comitiva da Fifa, que aqui esteve nos dias 3 e 4 de fevereiro).

Mas Cuiabá tem muito mais que isso. Imagine uma rosa dos ventos, coloque Cuiabá no centro e você terá no entorno belezas que nenhuma outra cidade do Centro Oeste possui. Venha fazer essa viagem comigo, agora.

A 60 km temos a Chapada dos Guimarães, com suas mais de 100 cachoeiras, um dos cenários da novela Paraíso, da Rede Globo. Imperdível!

A 100 km temos o Pantanal de Poconé, outro cenário da novela que está recuperando a audiência da Rede Globo no horário das seis. Inigualável!

Numa outra direção, a 80 km, mais Pantanal em Barão de Melgaço, onde será construído um dos Centros de Treinamento para a Copa 2014. Lá há duas baías maravilhosas, Chacororé e Siá Mariana, que formam um recanto paradisíaco.

Numa outra direção, a 60 km, o Lago de Manso, uma imensidão de água, local perfeito para a prática de esportes aquáticos como windsurf.

Quer mais atrações? A 120 km de Cuiabá está Nobres, com suas lagoas e grutas. Quem vai lá costuma dizer que um passeio a Nobres é mais que bonito, é lindo!

No entorno de Cuiabá tem muito mais: águas termais, corredeiras para práticas de esportes radicais, rios que fazem parte da história do país. Enfim, aqui, o cardápio de belezas naturais é imenso, infinitamente superior ao de qualquer outra capital da região.

Cuiabá tem outras vantagens. Governo do estado e Prefeitura Municipal estão unidos como se fossem gêmeos univitelinos. Contratamos a melhor consultoria do mundo quando o assunto é Copa, a Deloitte, que nos ajudou a montar um projeto completo, sem erros. E mais: temos em caixa cerca de R$ 100 milhões para começarmos as obras no dia seguinte ao anúncio oficial por parte da Fifa.

Outros números a nosso favor. O aglomerado urbano formado a partir de Cuiabá reúne cerca de 1 milhão de habitantes. A economia de Mato Grosso é, há alguns anos, a que mais cresce no país. Somos o maior produtor/exportador de gado, algodão e soja do Brasil, e um dos maiores do mundo.

Portanto, a Copa 2014 em Cuiabá vai significar também um presente do Brasil ao povo dessa cidade para retribuir o muito que ela tem feito pelo país ao longo da história. E esse povo merece, porque ele é um capitulo á parte nessa goleada de motivos que temos para sermos a sede da Copa 2014: a generosidade e o coração dele não têm tamanho.

Assim, da mesma forma que quando aqueles gênios entravam em campo era certeza de espetáculo, com Cuiabá definida como uma das sedes, o sucesso da Copa do Pantanal estará garantido e com um detalhe, sem a menor possibilidade de dar zebra, que, mesmo contrariando os deuses do futebol, às vezes andavam pelos gramados dos anos 60.

Wilson Santos é prefeito de Cuiabá e publicado no Jornal do Brasil (RJ)

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