A globalização das economias, produzida por inúmeros fatores, dentre eles o crescimento econômico ocorrido em diferentes partes do mundo, está produzindo mudanças de grande significado no comportamento de mercado e na gestão das empresas.
A capacidade competitiva da empresa, que no passado estava ligada à performance que ela obtinha em mercados delimitados geograficamente e com padrões de comportamento com poucas diferenciações, está merecendo novos critérios de avaliação, pois a atuação em nível global leva à revisão de conceitos e práticas adotadas na gestão dos negócios, principalmente através da introdução de temas que até bem pouco tempo eram discutidos intensamente em rodas acadêmicas, ou em artigos apresentados em revistas dedicadas ao assunto relativo à administração de empresas. Atualmente, é comum a discussão no ambiente de uma organização de temas como qualidade total, alianças estratégicas, benchmarking, logística, marketing, que, juntamente com outros do mesmo nível de importância, ganharam definitivamente espaço nas mesas de reuniões, pois a busca de novos caminhos, em ambientes onde a quebra de paradigmas está se tornando rotineira, pode estabelecer a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Neste mundo em transformação, a informação passa a ser um recurso de extrema importância para a gestão dos negócios. A posse de informações sobre mercado, concorrência, tendência dos negócios, consumidores, políticos, tecnologia e outras de igual importância, pode transformar-se em fator de vantagem competitiva, na medida em que a empresa faz uso delas de forma mais inteligente do que os seus concorrentes.
A agilidade de ocupar mais rapidamente um nicho de mercado, posicionar mais corretamente uma linha de produtos, explorar mais efetivamente as vantagens proporcionadas, combinar produção própria com terceirização, usar os recursos da logística integrada para garantir melhor serviços aos canais e aos consumidores, administrar com mais eficiência as compras, desenvolver parcerias e alianças inteligentes, deslocar o foco da visão local para mundial, colocar o sistema da organização como fator de competitividade, são maneiras de colocar a empresa em consonância com a direção das transformações, e também de criar fortes diferenciais competitivos em relação à concorrência.
Assim como os produtos e os serviços estão se tornando mundiais, também os consumidores estão tendo cada vez mais facilidades para se atualizarem com as realidades encontradas em diferentes partes do mundo. Os serviços da internet e de outros sistemas computadorizados, disponibilizam para os compradores não apenas o conhecimento, mas também a possibilidade de transacionar com fornecedores localizados em diferentes regiões, e ter acesso a uma ampla variedade de produtos, com diferentes alternativas de preços e qualidade.
Facilidades, são associadas à redução dos custos dos produtos e da elevação do nível de renda e de exigências da população, abriga as empresas a repensarem os seus sistemas de distribuição, buscando encontrar canais que, além de possibilitarem a chegada mais rápida dos produtos aos consumidores, prestem também um serviço de maior qualidade. Os canais virtuais de compras, o dinheiro eletrônico, as redes eletrônicas de prestação de serviços e outros tipos de inovação, mostram a velocidade de adaptação das empresas aos conceitos mais modernos de comercialização de produtos e serviços. Também a comunicação com o mercado está se tornando um desafio, a média de massa que foi o caminho usado por muitas empresas está sofrendo a concorrência de outros meios que atingem mais eficientemente o consumidor, passando mensagens mais personalizadas e permitindo o uso da interatividade.
Reinaldo do Carmo de Souza é professor na Universidade de Cuiabá