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Eu sou otário

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Eu apago a luz da minha casa quando saio de cômodos vazios. Pior, eu desligo as lâmpadas de dia. Da pra acreditar? Eu não consigo deixar as luzes acesas durante o dia. E além de tudo ainda ensino meu filho que ele deve fazer o mesmo.
Eu pago a conta de energia elétrica, e junto com ela pago a taxa de iluminação pública. Como sou otário eu pago para que as lâmpadas da minha rua, e também de outras ruas fiquem acesas durante todo dia.

Na rua das Hortências, no Bairro Jardim Paraíso, eu passo há mais de sessenta dias por aquela lâmpada ligada, dia e noite! Mas o problema em Sinop já existe desde janeiro. Foi neste mês, depois de contar 45 lâmpadas ligadas que resolvi ligar para a empresa fornecedora de energia elétrica. A resposta para o problema: “O senhor tem que ligar para a prefeitura, nestes casos é de responsabilidade deles”.

O otário, aqui, ligou para a secretaria de infra-estrutura. Depois de explicar o problema para a atendente, ela me perguntou: “O senhor sabe o nome das ruas nas quais as luzes estão acesas”?
Depois de citar algumas ruas, rapidamente, e a pessoa não anotar nenhuma (duvido que daria tempo), ela me perguntou o número do meu telefone e disse que iria buscar soluções e me retornaria a ligação

Estou esperando, mesmo passados quatro meses. Este otário tem paciência. Já nem estou me importando que cada lâmpada acesa custe por mês R$ 16,00, e que somadas, só as 45 lâmpadas que eu contei somem R$ 720,00.
Afinal de contas eu sou otário, me preocupo com valores tão pequenos, com desperdícios que não representam praticamente nada para um município que tem uma receita volumosa, e pode se dar ao luxo de não se preocupar em apagar a luz.

Magnos Bauken é contabilista em Sinop

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