Tenho um amigo que perdeu a visão de um dos olhos em um show de fogos. Estávamos em Lucas do Rio Verde, na Expolucas. Quando chegamos na arena entramos admirando os fogos. Meu amigo foi atingido por faíscas de fogos no olho. Uma situação terrível. No meio da multidão, com muita dor e em busca de socorro.
Daquele dia em diante, nunca mais tive coragem de ficar admirando queima de fogos. Nesta Exponop passei a detestar ainda mais esta prática depois de ver a notícia de uma menina com pouco mais de um ano ter sido atingida por fogos de artifício no rosto.
Mas minha indignação não se restringe à pirotecnia, que para minha pessoa, já provou ser uma prática que coloca em risco a integridade física de quem assiste.
Minha indignação é em relação aos pais que muitas vezes caem na atitude irresponsável de levar crianças em uma arquibancada super lotada, com um som em volume não recomendável para bebê, em horário impróprio e para assistir a queima de fogos. Sinceramente, atitude inexplicável, que se repete todo ano. Aliás, outra situação comum nas festas, são crianças catando latinhas e desenvolvendo atividades que não são próprias para crianças.
Mais uma feira acabou, muito movimento, muitos negócios, bem melhor em relação ao ano passado. Mas enquanto situações como estas estiverem acontecendo com crianças não acredito que possa ser comemorada.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira é contabilista em Sinop