quinta-feira, 25/abril/2024
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Ensino de Inglês para crianças na escola pública: um direito negado ?

Joelinton Fernando de Freitas - mestrando em Letras Unemat Sinop
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Atualmente, todos compreendemos a importância da aprendizagem da língua inglesa para o desenvolvimento de qualquer estudante, pois, o que antes era opção, hoje tornou-se necessidade.

Com o processo de globalização, cada vez mais ativo e pulsante, percebe-se que as fronteiras linguísticas estão aos poucos sendo ultrapassadas e o contato com outras culturas está se tornando algo comum devido a facilidade e rapidez que a comunicação no século XXI vem se desenvolvendo. Dessa forma, o contato com o inglês desde a infância pode fazer a diferença no sentido de expandir o universo da criança.

Dessa forma, o contato com o inglês desde a infância pode fazer a diferença no sentido de expandir o universo da criança. Quando trabalhado desde os primeiros anos de escolarização, o inglês pode auxiliar na aprendizagem tanto de língua materna quanto da língua estrangeira, ao contrário do que muitos pensam, pois, a aprendizagem da língua auxilia e impulsiona as capacidades cognitivas da criança.

Outro ponto interessante para se analisar é que os adultos que iniciam a aprendizagem do idioma, acabam carregando crenças e bloqueios que podem atrapalhar a aprendizagem, além, é claro, da timidez. Já as crianças, quando expostas desde cedo, se sentem empolgadas para praticarem tudo o que aprenderam dessa “nova” língua e isso pode melhorar suas habilidades de pronúncia e também de conversação.

Apesar de haver vários pontos positivos com relação a aprendizagem do inglês desde cedo, esse direito não se constitui em diversas cidades do nosso país. Não há uma lei que regulamente o ensino do inglês ou de uma outra língua estrangeira desde a educação infantil ou ensino fundamental I e, desse modo, cada município se encarrega de adotar ou não o idioma no seu currículo.

Isso nos mostra que a aprendizagem de línguas ainda é muito seletiva no Brasil, alguns só podem ter acesso a essa tenra aprendizagem se forem alunos de escolas privadas ou de idiomas, o que sabemos que não cabe no orçamento da maioria dos brasileiros.

Estaria então sendo negado o ensino de inglês à população de crianças que frequentam as escolas públicas brasileiras? Se considerarmos os fatores aqui expostos sobre a aprendizagem de inglês na infância, afirmo que sim. Todavia, sustento a ideia de que seja muito importante, não a escolha a critério de cada município, mas sim a inserção de fato de línguas estrangeiras desde a infância. Além disso, é necessária formação adequada para que os professores possam trabalhar e atender a demanda do ensino com a devida qualidade.

Há de se pensar em políticas que, de fato, tratem as línguas estrangeiras com seriedade e não como disciplinas menos importantes do que as outras. Apesar de já serem realidade em alguns lugares, ainda é muito disperso e depende de região para região. Sendo assim, afirmo que a aprendizagem de línguas na infância precisar ser algo politicamente consolidado.

Afinal, segundo Goethe, “Quem não conhece línguas estrangeiras, não sabe nada da própria.”

 

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