A realização da Copa do Mundo no Brasil foi uma invenção político eleitoral de Lula, aliado ao seu falso discurso de que nela não seria gasto um só centavo do dinheiro público, ocorre, porém, que lhe faltou combinar com a iniciativa privada.
Presume-se que o gasto do Governo com a Copa será de 120 bilhões de reais. Melhor seria aplicá-lo em algo realmente necessário ao País como em pesquisa, em tecnologia, no fomento a economia, na educação, e em infra-estrutura.
A AGECOPA é uma entidade integrante da administração pública indireta com a atribuição de executar os projetos da Copa do Mundo Pantanal-2014, no Estado.
Dois anos bastaram para que se cumprisse o oráculo quanto ao destino da Agência: de desordem administrativa. Suas frases tal como mobilidade urbana, faltam 1.000 dias para o início da Copa, herança da copa, a copa é tudo, não passam de trocadilho para parecer à sociedade de que as coisas estão no trilho.
No primeiro momento, atribuiu-se a desordem e a paralisia da AGECOPA a ausência de subordinação hierárquica no órgão, quer dizer, não havia um chefe, todos mandavam. Por intervenção da Assembléia Legislativa trocou o regime sem chefe pelo modelo presidencialista, com chefe
Face ao incidente recém ocorrido entre Éder Narcizo Moraes e Carlos Brito, Presidente e Diretor da AGECOPA, respectivamente, em torno de suposta ausência de estudo de viabilidade técnica e econômica acerca do modelo de modal de transporte proposto pelo Governo para a Capital, o VLT, concluiu o staff palaciano de que o remédio para estancar de vez a desordem será de transformar a Agência em Secretaria de Estado ligada diretamente ao chefe do Executivo, o Governador do Estado.
A nova proposta, porventura, coibirá a funcionário da AGECOPA de formalizar outra vez abaixo assinado exonerando colega de trabalho em lugar do Governador? De por sob suspeição projetos do Governo para a copa? De enviar recado subliminar ao Governador desautorizando-o a não bulir na Autarquia? De declarar em canal de TV de que o Governador não tem atitude própria?
Considerando que na política o poder é a capacidade do Governo de impor algo sem alternativa para a desordem, o que mais falta a esse Governo que aí está em contê-la? Alterando o regime a cada nova crise? Não. O regime é secundário. O que importa, repito, é a capacidade do Governo.
Esta mesma falta de comando que permitiu que o bate-boca entre os garotos mimados Carlos Brito e Éder Narciso Morais se tornasse em pauta de Governo, em lugar de portaria de exoneração.
Infelizmente, esse é o preço a ser pago por todo governante que não se fez pelos próprios méritos, mas por mãos alheias, mercenárias. Caso vençam, logo aprisionam quem as contratou. Um exemplo clássico é o Diretor Carlos Brito que está no Governo, mas é cota da Assembléia Legislativa. De modo que o Governador só poderá exonerá-lo por consentimento daquela Casa. Caso não consinta, o que é mais provável, a negativa irá chamuscar ainda mais a já combalida imagem do Governador.
O fato positivo é que o Governador após denúncias da oposição recuou e definiu por reduzir de tamanho da AGECOPA, ou seja, de 164 para 49 funcionários. Sem o recuo, só o gasto com pessoal e custeio da Agência custaria ao Estado à montanha de um bilhão de reais até o dia da Copa.
Dinheiro que daria para a turma da botina construir uma nova Arena Pantanal.
Milton Figueirêdo Jr – ex-vereador e membro do diretoríroo PSDB Sinop