sábado, 12/julho/2025
PUBLICIDADE

Desenvolver o autoconhecimento

Wilson Carlos Fuáh
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Muitas vezes na minha infância colocava-me como iscas psicológicas, e em vários momentos, fazia exposições de meus erros de forma espontânea, para entender até onde poderia confiar nas pessoas próximas e assim poder conhecê-las melhor.
 Por isso, fui muitas vezes criticado na minha meninice, aparentemente por ser puro de tudo, mas muitas vezes, eu colocava os erros expostos, apenas com a inversão das palavras, assim:
- lá vem o boi com o homem no laço;
- estou com dores no meu coelho do braço esquerdo;
 E assim, provoca risos e propagação de deboches entre os parentes que repetiam entre eles sobre minhas palavras erradas, e as usavam como forma de julgamento, e assim, eu era classificado como um ser de “pouca inteligência”.

Expor pequenos erros, é também uma forma de conhecer as pessoas, pois estas estão a vascular os nossos erros como instrumento de julgamento, e mesmo que durante a nossa vida consigamos praticar milhares de acertos e somados as ações construtivas genuinamente nossas, mesmo assim, seremos julgados por um pequeno erro.

O importante na verdade é não errar, mas isso é quase impossível, e diante dessa certeza, ao cometer um pequeno erro, e que não trará prejuízo para ninguém, mas só a nós mesmo, e que serve para aliar os nossos momentos, será sempre importante sorrir de nós mesmo, e às vezes, até sorrir mentalmente das outras pessoas, pois elas estarão de qualquer forma, nos julgando e se colocando como sábias das nossas verdades.
 Mas, jamais devemos pensar em devolver os pré-julgamentos, pois o importante é saber desde sempre, o quanto é importante o valor do aprendizado, pois estamos passando por várias moradas, nas seguidas estações evolutivas da vida, somos todos iguais e falíveis em cometer erros e acertos.

E assim, pude compreender as pessoas desde a minha infância e ao conhecê-las, passei a entender o mundo e as suas diversidades com as várias ações pessoais praticadas, e sofre menos com as pessoas, por não esperar por gratidão ou alimentar menos expectativas de reconhecimento nos atos e pactos sociais.
 Com isso, desfazemos das dores pela não aceitação dos nossos iguais e passamos a aceitar as pessoas como elas são, pois a verdadeira felicidade é entender as pessoas com os seus erros, e a nós, sabermos desenvolver o poder do autoconhecimento, só assim, estaremos preparados para aceitar as nossas deficiências, mas acima de tudo, saber que nenhum de nós, por ainda estarmos por aqui, é porque ainda temos muito que aprender e muitas missões a serem compridas, mas acima de tudo, fica sempre a certeza de que ainda não alcançamos a perfeição da alma.

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Por que tantas mulheres se perdem em amores tóxicos?

Meu coração aperta. Dói. Para cada notícia de feminicídio –...

Brasil instável

Só quem não acompanha o noticiário deve estar tranquilo...

Emendas parlamentares: a política a serviço do cidadão

Nem todo mundo entende, exatamente, o que são as...

Carta aberta à população sinopense

Leia até o final e perceba o quanto o...