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Desafio à Inteligência

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Dois aspectos devem ser destacados quando se pensa em tecnologia: a busca do seu domínio e a capacidade de dominá-la. Ambas dizem respeito à inteligência. Dominar uma tecnologia estratégica significa, do ponto de vista econômico e na realidade de um país em desenvolvimento, a possibilidade de inversão do fluxo de remessa de dinheiro, garantindo a autonomia necessária para decidir, quanto aos investimentos sociais. Para tanto, há que se estabelecerem condições propiciatórias para que os resultados das pesquisas se transformem em produtos competitivos.

Depreende-se a necessidade de integração de esforços na busca do domínio tecnológico, já que o empresário precisa aumentar sua competitividade, o governo garantir a soberania do país, o povo melhorar seu bem-estar e o grupo institucional de conhecimento reter as informações necessárias à sua própria função de pesquisar.

A mútua dependência entre elementos fica patente, já que o povo sem informação não referencia a própria proliferação dos grupos de conhecimentos, que assim deixam de fundamentar o desenvolvimento de novos produtos por parte do empresariado, gerando problemas no poder de regulagem da economia, por parte do governo.

A busca do domínio de tecnologia não pode ser vista como uma iniciativa romântica e isolada de um grupo idealista; ao contrário, deve ser encarada como uma atividade coletiva, complementar, em que cada parte, usando sua capacidade específica, contribua para um projeto comum que em seu todo provoque um ganho global para a sociedade.
A definição clara do que se pretende buscar (intencionalidade), a apreciação cuidadosa do que é razoável dominar (oportunidade), a criação de estruturas com métodos e processos bem definidos (organização) e a provocação de um chá cultural comum à criação e á pesquisa (fundamentação) são aspectos importantes para que o objetivo seja alcançado.

O fator tecnológico afigura-se como uma forte variável para aquelas nações que almejam saltos qualitativos.
Tecnologia pela tecnologia é perigosamente predatória se olhado por uma única óptica. A articulação de todos os atores permitirá que se lide com os aspectos abordados, nas devidas proporções um desafio à inteligência.

Reinaldo Souza é professor do Programa de Expansão Universitária – PEU da Universidade de Cuiabá.

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