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Dengue mata! O que fazer ?

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O aumento alarmante dos índices  de infestação do mosquito Aedes aegypt e a dispersão da doença, foi por causa do desleixo com que o poder público tratou a saúde neste estado e no país apartir do final da década de 1990. 

É caso de saúde pública, meio ambiente e de educação.

Falta de interesse pelas causas públicas, somada com a centelha da corrupção é o maior responsável pelos elevados índices de infestação do mosquito e do alastramento da doença, além do desconhecimento de causa. Faltou mais estudo para quem esteve no “controle, ou descontrole da situação”.

Tudo que mais precisava era, reduzir a população adulta do mosquito e destruir e eliminar os criadouros, exterminando com a possibilidade de reprodução do inseto. E para tanto, não depende e nem dependia de dinheiro demais. O que sempre precisou é de educação em saúde e mídia para divulgação dos riscos e dos métodos de eliminação dos criadouros.

Para tanto é preciso definir o que seria o criadouro para mosquitos, que são: Latas, garrafas, tampinhas, cascas de ovos. Quaisquer superfícies deformadas que sejam capazes de acumular uma quantidade de água são capazes de servir para a reprodução do mosquito.

Assim é evidente que tais objetos não podem ser descartados de qualquer maneira. É preciso cuidados especiais com o lixo. Ou seja, tampar as garrafas pets, ou perfura-las.

Demais vasilhames de metais que podem servir para acumularem água, devem ser perfurados ou amassados.

Ora. Os córregos urbanos, que geralmente estão correndo águas fétidas e contaminadas por esgotos a céu aberto, também merecem um tratamento especial. É preciso retirada de todo entulho e lixos que estão descartados dentro do seu canal. Também faz-se necessário que as margens das suas calhas naturais, ao nível das águas, sejam feito podas das galhadas das plantas, para que se evitem depósitos de  folhas e/ou de restos de vegetação e/ou galhos sobre as águas, que reduzem a sua velocidade de corrimento e até mesmo provocam o “acúmulos de águas paradas” (superficiais), que facilitam proliferação dos insetos, que podem prejudicar a saúde pública.

É preciso vontade política e disposição dos gestores para comandar os trabalhos, que poderá ser feito com ajuda da população. Mais é preciso treinar os agentes de saúde e efetuar a contratação de agentes de endemias para efetuar serviços braçais, que é adentramento de quintais e terrenos baldios para efetuarem serviços de destruição de possíveis criadouros e deixa-los de fácil localização para o serviço de coleta. Isso também os moradores das casas podem ajudar disponibilizando o lixo organizado para coleta seletiva, desde que seja assim, feita pelo serviço público.

Há também como incentivar moradores de bairros a colaborarem com a manutenção da limpeza, com redução de impostos territoriais e prediais urbanos, caso contribua com a limpeza dos seus quintais e se disponha a fiscalizar e fazer apontamento de áreas de riscos para a fiscalização municipal.

É preciso planejamento das ações em conjunto com a população, presidentes de bairros, lideranças locais e empresários da cidade, juntamente, sempre, com as secretarias de meio ambiente, de saúde, de educação e de serviços públicos municipais, visto tratar de necessário descarte organizado de lixos e eliminação de possíveis criadouros para o mosquito.

A tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypt, com eliminação de criadouros e lixos, é de primordial importância para a redução dos casos de Dengue, Febre chikungunya, Sindrome de Guillain-Barré  e Zica. Também a Febre Amarela é transmitida pelo mesmo mosquito e não se pode descuidar.

Após redução dos criadouros, é importante que se faça um bloqueio com uso de inseticida nos locais onde existem notificações de casos positivos da doença. Para tanto é preciso conhecer do assunto, pois os insetos já apresentam resistência aos produtos disponíveis no mercado.

Também se faz necessário a manutenção da vigilância e monitoramento onde foi executado esse tipo de trabalho, visando a conscientização da população e do ente público para a manutenção das áreas livres de infestação do mosquito.

Domingos Sávio Bruno é engenheiro florestal  – inspetor chefe do CREA/MT-VG e Ex-Gerente de Distrito Técnico Administrativo/FUNASA  [email protected]

 

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