Aqueles que estão acostumados a assistir jogos de futebol pela TV certamente já viram torcedores, exaltados com a vitória do time, exibirem frente às câmeras cartazes com os dizerem ‘EU JÁ SABIA’. Esse ato de extrema confiança do torcedor junto ao time é tão comum nos estádios brasileiros, quanto deparar Cuiabá com quase 40 graus de temperatura. E, poucas horas depois da Fifa anunciar que Cuiabá será uma das sedes dos jogos da Copa de 2014, eu de forma simbólica exibo também a minha faixa ‘EU JÁ SABIA’. Da mesma forma que o torcedor fanático exibe seu cartaz, eu também o faço. Só que ao invés de ser por um time, eu o faço por uma cidade.
Ver o nome de Cuiabá entre as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos do maior evento futebolístico do mundo, foi para mim, uma felicidade dupla. Dupla porque com a boa notícia tive a felicidade de constatar que todos os esforços feitos foram válidos (destaque para o governador Blairo Maggi e equipe), e ainda como um eterno apaixonado por futebol poderei, assim como muitos mato-grossenses, ver de perto esse grande evento esportivo.
A escolha dos dirigentes da Fifa não poderia ser diferente do que vimos. Cuiabá tinha (e tem!) muito mais atrativo que a concorrente Campo Grande. Além de ter dinheiro em caixa para investimentos estruturais, e isso era o que mais importava aos organizadores, Cuiabá tem muito mais pontos turísticos que a outra cidade vizinha. Enquanto Campo Grande se apegava apenas no Pantanal e na cidade de Bonito como atrativos para os visitantes, Cuiabá oferecia além da região pantaneira, a cidade de Chapada dos Guimarães, Lagoa do Manso, Nobres e parte da Amazônia. Isso sem contar ainda que nós, muito elegantemente, não revidamos as inúmeras provações ao qual o governo de Campo Grande nos dirigiu. Houve da nossa parte, discernimento em mostrar apenas as nossas qualidades técnicas e turísticas. Mostramos ser melhores ainda ao agir ao contrário do governador André Pucinelli, que tratou de levar a disputa para o lado pior de um embate: a baixaria.
Não bastava nem ser morador de Mato Grosso para constatar que nós tínhamos muito mais qualidades que a concorrente. Além de melhor preencher os quesitos técnicos e turísticos, nos tínhamos (temos!) a melhor torcida. Por mais de quatro meses, a população esteve esperançosa e vibrante com a possibilidade de termos em casa uma Copa do Mundo. Hoje, podemos dizer que toda essa empolgação foi mais um ponto positivo para nós.
E diante de tantos argumentos positivos para a escolha de Cuiabá, não tem como eu não usar a famosa frase: EU JÁ SABIA!
Eliene Lima é professor, engenheiro civil e atualmente exerce o mandato de deputado federal por Mato Grosso pelo Partido Progressista.
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