Tenho o bom orgulho de ser o guardião de muitas pregações históricas do saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979). E compartilho, para gáudio de todos, esta bela narrativa feita por ele da página “O grito”, do Espírito Hilário Silva. Ela se encontra transcrita no livro A vida escreve. Mas, antes, prestemos muita atenção à imorredoura introdução de Zarur ao texto:
Alziro Zarur: Como disse Jesus: “Minha Paz vos deixo, minha Paz vos dou. Eu não vos dou a paz do mundo. Eu vos dou a Paz de Deus, que o mundo não vos pode dar. Não se turbe o vosso coração nem se arreceie” (Evangelho, segundo João, 14:27), porque Deus Está Presente! “Eu estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo” (Evangelho, segundo Mateus, 28:20). E estamos numa hora apocalíptica, hora de dor. O que é preciso levar aos corações desalentados? A mensagem da Esperança. Mas não é uma esperança balofa; a Esperança, que é certeza; a Esperança, ato de esperar, porque sabe que vai se cumprir. Quem o afirma é Jesus, o Cristo, o Ungido do Todo-Poderoso Deus.
Às vezes, tendo de fazer uma experiência, fale em Jesus e você salvará uma vida. Como vemos aqui numa história do velho Hilário:
“O GRITO
“‘— Uma boa palavra auxilia sempre. Às vezes, pensamos estar sozinhos e proferimos inconveniências. Desajudamos quando podíamos ajudar. E é preciso aproveitar bem as oportunidades. Falar é um dom de Deus. Se abrimos a boca para dizer algo, saibamos dizer então o melhor.’
“A pequena assembleia ouvia atenta a palavra do instrutor espiritual.
“‘— Não adianta repetir frases inúteis. E é sempre falta grave conferir saliência ao mal. Comentemos o Bem. Destaquemos somente o Bem.’
“Entre todos os presentes, Belmiro Arruda escutava em silêncio.
“Passados alguns dias, Arruda, nas funções de pedreiro-chefe, orientava o término da construção de um grande recinto. O enorme salão parecia completo. Tudo pronto. Acabamento esmerado. Pintura primorosa.
“Então, disse o engenheiro:
“‘— Vamos experimentar a acústica’.
“E voltando-se para Belmiro, falou:
“‘— Grite aí alguma coisa’.
“Arruda, recordando a lição do instrutor espiritual, bradou:
“‘— Confia em Jesus!… Confia em Jesus!…’
“Verificaram que o som estava admiravelmente distribuído.
“Os operários continuavam na sua faina, quando um pobre homem penetrou no recinto. Cabeleira revolta, completamente transtornado, palidíssimo, falou:
“‘— Ô! Quem mandou confiar em Jesus?’
“Alguém apontou Belmiro, para quem ele se dirigiu, abrindo os braços.
“‘— Obrigado, amigo! Obrigado! Eu ia tirar minha vida, mas despertei, vou confiar em Jesus, sim!’
“Belmiro o abraçou, chorando. O caso foi conduzido ao conhecimento do diretor da obra. E o diretor, visivelmente emocionado, estendeu a mão ao quase suicida e ordenou:
“‘— Pode vir amanhã. Você começa a trabalhar aqui amanhã’”.
Alziro Zarur: É, meus Amigos e meus Irmãos, tendo de dizer algo, digamos alguma coisa útil que possa salvar uma vida. E esta é a nossa missão na Religião Divina: salvar vidas e Almas para Deus!
Uma palavra pode salvar uma vida
Eis aí! E foi o próprio Zarur, em suas pregações radiofônicas, quem nos trouxe esta grave admoestação:
— Uma palavra pode salvar uma vida. Uma palavra pode perder uma vida.
Deus nos livre de causar dano a quem quer que seja, neste ou no Outro Plano! Portanto, não desprezemos a comunicação e o marketing transmitidos a nós, por meio da intuição, pela Humanidade de Cima, ou seja, pelos Espíritos de Deus. Jamais queiramos estar na pele dos que levam vidas à perdição. Quem assim procede entra naquela chave de Jesus:
— Melhor não tivesse nascido (Evangelho, segundo Mateus, 26:24).
E a Lei Divina é tão perfeita que, ainda assim, concede a todos oportunidades de redenção. No entanto, jamais nos esqueçamos de que no Tribunal Celeste vigora o Amor Fraterno, mas não existe impunidade.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.