sábado, 12/julho/2025
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Concessão da BR-163

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A rodovia BR-163 corta o Estado de Mato Grosso no sentido Norte/Sul, sendo a principal via de transporte rodoviário no estado. Por ela transitam pessoas, que são os bens mais preciosos que temos, bem como, quase 100% da nossa produção agrícola (soja, milho, arroz, algodão, aves, suínos, bovinos, minerais, etc).

No último dia 27 de novembro de 2013, o Governo Federal sagrou a empresa Odebrecht como vencedora do leilão da concessão de 850,9 km da rodovia conhecida também como Cuiabá/Santarém, no trecho compreendido entre os municípios de Itiquira na região sul do estado e Sinop no nortão mato-grossense, podendo a referida empresa explorar comercialmente a rodovia pelos próximos trinta anos. O valor inicial do pedágio será de R$ 2,63 (dois reais e sessenta e três centavos) a cada 100 quilômetros, mas a cobrança apenas poderá ser feita após a execução de dez por cento das obras de duplicação previstas no edital, cujo prazo é de dois anos para serem realizadas.

Entre as obras previstas estão a implantação de vias marginais, interseções, passarelas nos núcleos urbanos, melhorias nos acessos à rodovia, duplicação de trechos, bem como a construção de um contorno em Rondonópolis. A previsão inicial de investimento é de R$ 3,6 bilhões. Para muitos, a concessão é considerada um atestado de incapacidade do Governo Federal em administrar a logística do país. Eu não penso assim. Vejo como o reconhecimento de que Mato Grosso é muito grande e possui uma capacidade produtiva enorme, reclamando atitudes imediatas, eficazes e permanentes.

Por falta de uma logística eficiente, estamos assistindo Mato Grosso e o Brasil perder bilhões de dólares devido a esse gargalo. O país não pode mais errar com o setor produtivo, a economia não suporta erros, dinheiro não aceita desaforo e há anos temos visto parte da produção brasileira ser consumida pelos altos custos de transporte, em decorrência da má conservação das nossas estradas. A logística brasileira não pode ser dependente de operação tapa buraco. Chega! Precisamos de soluções permanentes que deem segurança aos produtores e investidores. Quero destacar ainda que estando a rodovia com melhores condições de tráfego, será possível evitar que inúmeras vidas sejam ceifadas, pois muitos acidentes fatais poderiam ser evitados se a estrada estivesse em boas condições e cito aqui os trechos Cuiabá/Rondonópolis e Lucas do Rio Verde/Posto Gil, campeões em acidentes.

Com a concessão, quem passar pela BR-163 deverá encontrar uma estrada conservada, com qualidade, atendimento de urgência com todo o aparato de busca, salvamento, auto-socorro e segurança. Em contrapartida, o usuário terá que pagar a quantia de R$ 22,5 se passar por todos os pedágios, ao menos é essa a promessa. Eu entendo que a cobrança será mais um imposto para o contribuinte, porém é a única maneira de assegurar de forma imediata as melhorias necessárias.

Quero deixar explicito que serei um incansável fiscalizador do cumprimento desse contrato, especialmente do valor que será cobrando nos pedágios. O preço deve ser justo. Todos sabem que em minha carreira política sempre fui um fiel defensor da BR-163, em verdade a minha vida política se confunde muito com essa BR. Alguns até me chamam de Pedro BR, e confesso, tenho orgulho disso, pois defendo essa rodovia com a convicção de sua importância econômica e social por ela ser a espinha dorsal de MT e do país. Acredito que um dia ainda veremos a Cuiabá/Santarém totalmente concluída, promovendo a transformação do Estado, da região Centro-Oeste e do Brasil.

Pedro Satélite é deputado estadual em Mato Grosso pelo PSD

 

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