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Casal perfeito, Papai Noel, política e combustível

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Recebi o texto abaixo de uma futura primeira-dama. É o conteúdo de uma mensagem que ela recebeu por e-mail. Talvez para alertá-la sobre o cargo que vem pela frente. Reproduzo a mensagem do jeito que recebi, mas com mais parágrafos, para melhor leitura. E aproveito para parabenizar um jovem, talentoso e promissor profissional do marketing político de Mato Grosso. O final dessa história pode ser surpreendente e impagável.

“Era uma vez um homem perfeito que conheceu uma mulher perfeita. Namoraram e um dia se casaram. Formavam um casal perfeito. Numa noite de Natal, ia o casal perfeito, por uma estrada deserta, quando viram alguém no acostamento pedindo ajuda. Como eram pessoas perfeitas, pararam para ajudar. Essa pessoa era nada mais nada menos do que Papai Noel, cujo trenó havia enguiçado.

Não querendo deixar milhões de crianças decepcionadas, o casal perfeito se ofereceu para ajudá-lo a distribuir os presentes. O bom velhinho entrou no carro e lá foram eles. Infelizmente o carro se envolveu em um acidente e somente um dos três ocupantes sobreviveu.

Perguntas : Quem foi o sobrevivente do trágico acidente? A mulher perfeita, o homem perfeito ou o Papai Noel?

Resposta: A mulher perfeita sobreviveu. Na verdade, ela era a única personagem real dessa história. Todo mundo sabe que Papai Noel e homem perfeito não existem.

Se você é mulher, pode fechar a mensagem, a piada acaba aqui.
Homens podem continuar lendo abaixo.

Agora, se Papai Noel não existe, nem homem perfeito, fica claro que quem dirigia era a mulher – o o que explica o acidente…

Se você é mulher e leu até aqui, fica provada mais uma teoria:
mulheres são curiosas, metem o bedelho onde não são chamadas e são incapazes de seguir instruções.”

Que me perdoem as mulheres. A mensagem acima é apenas o que é: uma piada. O restante deste artigo, não.

Curiosamente, recebi essa mensagem no exato momento em que lia Cromossomo sexual da mosca, de Kleber Lima, publicado em Só Notícias

Sou um admirador do Kleber Lima, moço humilde, inteligente e batalhador, que saiu do interior e faz sucesso na capital. Tem um excelente texto. Uma aula a cada um deles. Tive o prazer de conhecê-lo meses atrás. Convidou-me para trabalhar na campanha de Juarez Costa, em Sinop. Não nos acertamos no preço dos serviços. Ele até disse que iria conversar com o sócio, mas que seria difícil, porque, salvo engano, havia sido contratado pelo PMDB e que, para o Juarez, a equipe de marketing teria custo zero. Ganhou a campanha sem mim. Claro que nem precisava. Foi apenas gentil ao grupo a quem prestaria os serviços, que havia sugerido meu nome para ajudar. Fui contratado por um candidato de outro município. Tive a honra de trabalhar ao lado de outros vencedores, com quem aprendi muito.

O que o Kleber não sabe – e revelo agora, sem nenhum espírito de cobrança – é que ele foi indicação minha, ainda lá em abril, quando Silvano, o braço direito do Juarez, me perguntou quem eu indicaria para ser o marqueteiro do Juarez. Na época, respondi que Juarez só perderia para ele mesmo. Qualquer marqueteiro poderia dar conta do recado de olhos fechados. O problema é que marqueteiro é um símbolo muito forte numa campanha. Por melhor e conhecedor que seja dos assuntos locais, santo de casa muitas vezes não faz milagre, ninguém respeita, muito menos o adversário.

Pensei primeiro no Mauro Cid. Descartei. Não faria sentido sugerir Cid para a campanha do Juarez, grande opositor de Leitão, reeleito graças às mágicas do Mauro. Pensei, ainda, no professor Carlos Manhanelli, de São Paulo, lenda do marketing político nacional, com trinta anos de estrada no setor, extremamente acessível e profissional, a quem eu conhecera num de seus cursos de imersão. Silvano me disse que talvez isso fosse impossível, porque a campanha teria pouco dinheiro. Teria que ser gente de Mato Grosso. Boa e barata. Bom – respondi – não sei quanto custa, mas, se é assim, só vejo dois outros nomes: Geraldo Gonçalves, grande e experimentado publicitário mato-grossense, ex-secretário de Comunicação Social do governo estadual, e Kleber Lima, esse moço aí que tem um bom texto e parece saber o que faz. Há pouco, eu ficara sabendo que Geraldo havia sido o arquiteto de uma grande guinada numa quase perdida eleição do saudoso Jonas Pinheiro. E Kleber, ao meu ver, era – e é – uma grande promessa no setor. Escreve maravilhosamente bem. E um bom texto é meio caminho andado numa campanha. Ajuda a eleger até poste.

Parece que meu humilde julgamento estava correto. Kleber foi a escolha ideal. Fez um excelente trabalho. Sabe realmente o que faz – e tem grande futuro. “Três homens e uma sentença” foi o slogan de um anúncio de página inteira com o qual ele comemorou a eleição de três prefeitos, entre eles o de Sinop. No caso de Sinop, essa sentença ainda precisa ser confirmada pela Justiça Eleitoral. A decisão sai antes do dia 18 de dezembro, data prevista para a diplomação. Espera-se um justo julgamento. Mas pode ser que dessa sentença venha a se concluir que nem sempre a voz do povo é a voz de Deus – ou da Justiça.

Se o Kleber me permite, tenho apenas uma pequena observação sobre o grande serviço que realizou em Sinop: eu jamais permitiria que o meu candidato mandasse abastecer veículos num posto em frente ao QG do adversário. Caso não fosse ouvido, eu faria como o próprio Kleber recomenda no artigo supra: pediria demissão.

Leonildo Severo da Silva, advogado em Sinop.
[email protected]

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