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Campanha política, ou politiqueira ?

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Agora vai! Chegou a do candidato a um cargo público nas próximas eleições assumir, publicamente, o que pretende realizar, caso eleito, na administração que pleiteia. As propostas – posso afirmar cegamente – são quase as mesmas, parecem fadadas a provocar as coincidências ou semelhanças. E não é mero engano ou acaso. As necessidades da sociedade carente são sempre as mesmas, se não piores: os bairros mais devastados ficam, a cada gestão administrativa, a mercê de cuidados. Mais do que isso, eles estão cada vez mais deploráveis, caóticos e desamparados. Por conseqüência da falta de infra-estrutura, os esgotos passam ano-após-ano, de dentes abertos para o céu e contemplando as estrelas, enquanto seus habitantes choram a incidência de doenças causadas pelos fedegosos “jardins de abutres”. É como diz o Chico Buarque de Holanda: “… agente vai levando, agente vai levando, agente vai levando essa ……….”.

O brasileiro é danado de tonto: vive levando no traseiro mas não aprende. Eu já falei das “miguelagens” de alguns candidatos que, por razões bem conhecidas: tapinha nas costas, apoio a rodeios com premiação em dinheiro, torneios de sinucas nos bairros periféricos, construção de casinhas para famílias dignas de misérias provocadas por eles mesmos, uso abusivo dos meios de comunicação, e por aí vai. A receita ultrapassa toneladas de experiências convincentes na arte de enganar o idiota do povo.

Eu, na minha elementar insignificância, acredito que há candidato competente e trabalhador em todo o território nacional, e Cuiabá não está carente desse candidato. O que a sociedade de fato precisa, é analisar, com seriedade, a postura e o caráter daquele que está expondo o seu nome para ser julgado nas urnas. É muito importante que a sociedade entenda que eu disse “julgar”, ao invés de “votar”. O voto pode ser comprado, dado ao candidato por motivos tais como: consideração ao candidato, “favor” que o “dito” prestou, promessa que o eleitor assumiu e, portanto, esse tipo de voto é leviano, indecoroso. Mais do que isso, ele, o voto, às vezes é inocente, pois leva o candidato a condenar a si mesmo.
A eleição de um sujeito desprovido de responsabilidade, de visão voltada para os mais necessitados, que não pensa, ou não é sensível aos anseios básicos de infra-estrutura, concomitantemente aliada à honestidade e uma ficha personalizada que ateste seus compromissos, não deve e nem merece ser notado.
A campanha política do candidato deve ser vista pela sociedade, não apenas pelas propostas que ele expõe em seus comícios, pois elas podem muito bem ser estratégias de campanha: a intenção será sempre conquistar o eleitor, mas o seu conteúdo está desprovido do respaldo de homem público sério e comprometido com os interesses da sociedade. A esses candidatos, a sociedade deve manter os olhos voltados para a desconfiança e repúdio.

A sociedade não pode dizer que é difícil saber quem é quem no baralho eleitoral, haja vista que o Tribunal Regional eleitoral divulgou a lista dos candidatos com nome sujo – Mato Grosso está fora da lista. Mas, como as coisas aqui no Brasil decorrem da “lei do Gerson”, a sociedade deve ficar atenta e agir com rigor na fiscalização, pois com certeza, haverá seqüelas indesejáveis. Há, ainda, aqueles que já passaram pelo cargo pleiteado e nada fizeram. Esses candidatos também devem ser observados, pois há de se perguntar onde foram parar as suas propostas de campanha quando foram eleitos.
A contra-partida de tudo isso, é o fato de que, em ano eleitoral, quem dá as cartas é o povo. É através do julgamento do candidato nas urnas que a cidadania se coloca à frente dos interesses e necessidades prioritárias de um povo. É através do voto que a sociedade expõe sua força e garante o futuro de uma nação e, por conseqüência, de seus filhos. A realização de uma sociedade só pode ser contemplada a contento, se seus atos sobreporem os devaneios obscuros da ganância dos pressupostos homens de bem.

Gilson Nunes é jornalista e técnico de T.I

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