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Alguém nos socorra…

Gilson Nunes é jornalista em Mato Grosso – [email protected]
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O mundo está se desfazendo aos poucos. As “pessoas” que o governa, perderam o senso de humanidade. Os olhos ficaram cegos diante de uma paisagem fúnebre. Só se enxerga o umbigo.

A vida vem perdendo os sentidos. Vem anulando sentimentos construídos por ancestrais anos a fio. Falar em sonho é conversa que o coração ignora. Faz perder o desejo de desejar viver, sorrir e, principalmente, amar.
Muito se tem ouvido dizer que viver o presente, é viver feliz. É certo que sim, pelo menos naquele momento. Todavia, tenho dúvidas quanto a essa hipótese embora não a descarte. Eu sempre disse que não existe futuro sem passado, e que o presente é o instrumento de construção daquilo que se quer no futuro. É claro que , mesmo sem saber o que propriamente dito. O fato é que vai-se levando, passo-a-passo.

Governantes andam de olhos fechados á procura, quem sabe, de uma estabilidade que se refere ao seu bem-estar. Para tanto exploram, ferem, sangram pessoas inocentes. A verdade é que a dor alheia, alheia fica e a novela não os leva a lugar nenhum. Governantes são os colapsos de uma pandemia criada por eles mesmos. O que fica claro é o fato de que querem para si uma felicidade totalmente desconhecida e que não existe. Não consigo entender como ser feliz, por conta da desgraça do outro. Eles pensam assim e agem assim.

Quero ter a certeza de que estou vivo e de olhos fechados, para tentar enxergar a alma destes supostos semideuses. Se é que eles têm. O ostracismo navega por trilhas que a imaginação articula. A lei do cão é estabelecer que, ser santo, é uma forma de se fazer humano, dentro de uma atmosfera incompreensível. O que me importa é o meu bem-querer.
Para uma ilustração mais clara, o pavor da pandemia do Covid-19 é a moda que todo o planeta vive. Quer queira ou não. Eu gostaria de dizer que tal fábula nada mais é que “Ledo engano”. O certo é que, na verdade, não é somente o Covid-19 o personagem principal, o protagonista do drama que a trama incita. A bola da vez se chama suicídio. A causa, por sua vez, se refere ao altíssimo índice de pessoas mundo afora, com ansiedade. Da ansiedade, á depressão e, da depressão, o suicídio. A quem interessa combater e amenizar tal parábola?

Recentemente tenho lido sobre a ansiedade, que fala sobre a “Síndrome do Pensamento Acelerado”, de autoria do escritor Augusto Curi. É fantástico como é possível ver, materializar cada palavra enganosa dos governantes, para viverem a ilusão de felicidade. São pobres coitados. Doentes n’alma. A eles, não haverá como fabricar vacina, ou outro tipo de remédio que os cure dessa doença. São, na verdade, fracos e insignificantes, que não conseguem fechar os olhos, seja para dormir, seja pra refletir sobre si mesmos, no intuito de entender o que de fato é ser feliz. Que alguém, além de Deus, se é, que é possível, nos socorra.

Gilson Nunes é jornalista – [email protected] – 1º de novembro de 2020.

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