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Alexandre, o enorme

Adenilson Rocha, suplente deputado estadual, bacharel em Direito e empresário
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Quando Michel Temer definiu que Alexandre de Moraes seria seu indicado para ocupar uma vaga na mais alta instância jurídica do Brasil, por mais que Temer buscasse imaginar, ele não previu a proporção que Alexandre tomaria ou revelaria.

Afinal, tratava-se de dois constitucionalistas. Um, mais fiscal da lei. O outro, com ampla habilidade legal e política, inclusive autor de uma famosa carta chamada “Uma ponte para o futuro” e, por diversas ocasiões, vivente do tema “golpe de Estado”, recorrente na história brasileira.

O fato agora é: Michel colocará a mão na cumbuca e evocará o espírito republicano, democrata e altruísta em prol da nação para dar um puxão de orelha em seu pupilo Alexandre?

E sim, a origem de tudo começa com a indicação do Dr. Michel. Portanto, ele tem responsabilidade solidária, objetiva, de autoria e de mando por tudo que está ocorrendo.

Alexandre, o Enorme, errou a mão. Vem, nos últimos tempos, esticando a corda, pisando na linha. E tudo isso ocorre dentro do maior e mais importante campo de justiça da nação, a Corte Suprema.

Por isso, uma nova indagação: não haverá outras ideias, visões, posições, considerações ou divergências entre os demais pares da Corte sobre aquilo que está travando, inflamando, polarizando, destruindo famílias e a própria nação?

Não haverá justiça e, ao menos, o devido processo legal com suas fases e ritos plurais, como se espera de um tribunal que é guardião da Carta Magna, das togas e dos acervos?

Um ministro supremo que, monocraticamente, concentra todas as funções do Estado. Que inverte as presunções do direito brasileiro. Que sentencia na contramão dos princípios. Que celebra com gestos obscenos. Que oficia com a tinta do fígado instituições públicas e privadas. De quem todos temos medo. E talvez, por isso mesmo, ele aja assim. Sem venda. Sem empatia. Sem balança. Apenas com o chicote e a espada.

Sim, todos os políticos e todos nós temos medo de Alexandre, o Enorme. Até o seu criador está com medo. Entretanto, ainda é tempo de Michel ser tocado e comparecer para ajudar a corrigir os enormes excessos que vêm sendo praticados de maneira unilateral, inconstitucional, e para que a Corte faça ouvir sua voz e freie esse colapso institucional.

O Brasil e os brasileiros não podem ser presos sumariamente em seus próprios corpos, em suas próprias casas, em seu próprio país.

Michel, você não tem nada a Temer.
Seja protagonista da pacificação da nação.
Michel, seja grande, como o Brasil precisa.

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