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A pandemia ainda não acabou

Gilberto Figueiredo foi vereador por Cuiabá, secretário de Saúde de Mato Grosso na gestão Mauro Mendes
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Ganha proeminência novamente o debate sobre os números da Covid-19 em Mato Grosso, especialmente nos últimos dias do final do mês de maio e início de junho. As notificações mostradas pelo Painel Covid-19, da Secretaria Estadual de Saúde (SES), revelam um aumento expressivo de casos e demandam a atenção por parte de todos para que o cenário não tome proporções desastrosas novamente.

Quando deixei a SES, no dia 31 de março, a pandemia estava controlada em Mato Grosso, com os indicadores de taxa de ocupação de leitos em baixa e a campanha de vacinação a todo vapor.

Conseguimos fazer uma boa gestão, resgatando parte da eficácia e funcionalidade da saúde pública, que ficou mais evidente para a população, mesmo em meio a um período pandêmico. Nos três últimos anos, período mais longevo de um secretário da história recente da pasta, investimos e garantimos conquistas importantes para a saúde da baixada cuiabana e de Mato Grosso.

Repasses aos municípios em dia, permitindo que as políticas em saúde sejam implementadas pelas gestões municipais. Nesse sentido, R$ 1 bilhão foi repassado em 3 anos e outros R$ 348 milhões foram pagos para quitar dívidas de anos anteriores.

O Governo de Mato Grosso também investiu mais de R$ 1,18 bilhão na saúde pública do Estado e priorizou a modernização de todos os Hospitais Regionais e as Unidades Especializadas.

Mesmo com todo investimento que ajudei a implantar, o panorama de aumento de casos já era previsto, uma vez que o comportamento da população mudou. As flexibilizações das medidas de segurança e com a chegada da vacina – todos estão se expondo mais. Converge, também, o período de inverno que é propício aos vírus de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

No entanto, apesar do aumento de casos positivos, o número de mortes não teve uma alteração significativa. Os indicadores correntes de contaminação e de óbito estão se mantendo em patamares relativamente baixos, isso diante dos contingentes populacionais totais do Estado. Mas não precisamos ser especialistas para saber que parte desse percentual pode tomar outros rumos, infelizmente.

Somente entre os dias 11 e 24 de maio, sete pessoas morreram e o mesmo número foi registrado entre 25 de maio e 6 de junho, segundo os dados do painel. A pandemia é algo extremamente desconfortável, que traz transtornos e incômodos para a sociedade. E esses fatores aumentam ainda mais quando há óbitos. E por isso precisamos estar atentos às medidas que podemos tomar como precaução.

A utilização do equipamento de proteção individual ainda se faz necessário sempre que precisar sair de casa. Outros hábitos que eram rotineiros no período mais duro da pandemia, também precisam de mais atenção agora, como: lavar as mãos com frequência, usar máscara de proteção e álcool em gel, evitar aglomerações sempre que possível e, principalmente, se vacinar. A vacina é o recurso mais poderoso da saúde pública para prevenção e combate, atuante na erradicação, proteção da população e no controle dessa pandemia.

O processo de vacinação tem sido extraordinário, graças aos profissionais de saúde. As vacinas salvam vidas e protegem-nos dos efeitos mais severos da doença. Já está comprovado que a vacina salva. Temos que nos vacinar para garantir a saúde de todos. São ações coletivas dessa natureza que possibilitam a vivência nessa nova realidade. A cautela é uma decisão que precisa ser universal. Pois todo óbito é irreparável.

Acredito que ainda é cedo para qualquer discussão sobre uma eventual restrição de contato social. Como cidadão de uma sociedade, vejo que é prudente fazermos nossa parte. Sejamos responsáveis em nossas ações e multiplicadores das boas práticas para garantir o bem-estar da sociedade como um todo.

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