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A luta contra a poliomielite não deve ser esquecida

Wiston Chaves, advogado especialista em Direito Tributário e integrante do Rotary Club Rondonópolis
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Peço licença aos meus leitores para hoje falar de um assunto diferente do habitual. Quero falar sobre a batalha travada no combate de uma doença terrível e que assolou por muitos anos as nossas crianças, falo da Poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil.

Essa batalha foi encampada pelo Rotary Club Internacional e resultou na erradicação oficial da doença nas Américas em 1994. Para conhecimento, o Rotary é uma instituição sem fins lucrativos que visa ajudar quem necessita e tem o lema: “dar de si antes de pensar em si”.

A instituição foi fundada em 1905 pelo advogado Paul Harris, em Chicago, nos Estados Unidos. Ouso dizer que sequer o fundador tinha noção de quão grande se tornaria o projeto iniciado por ele e, ainda, a proporção que atingiria no objetivo de servir.

Então, vamos contar a história do combate à poliomielite.

A guerra começou em 1979 nas Filipinas com a campanha End Pólio Now (Fim da Pólio Agora), quando o Rotary decidiu comprar e distribuir vacinas. Na primeira etapa, foram 6 milhões de doses. Um trabalho que dali em diante não parou.

Associados do Rotary mundo afora doaram o equivalente a US$ 2,1 bi e incontáveis horas para proteger cerca de 3 bilhões de crianças em 122 países. Em sensibilização ao trabalho dos envolvidos, entidades governamentais destinaram o equivalente a US$ 10 bilhões (dólares) em favor da causa.

Em 1985, o Rotary lança a Pólio Plus, primeiro esforço coordenado do setor privado em apoio à saúde pública para arrecadar US$ 120 milhões de dólares. Esforços que tiveram um resultado oficial em 1994, quando a Comissão Internacional para certificação da poliomielite anunciou a erradicação da doença nas Américas.

No ano seguinte, os agentes de saúde e voluntários imunizaram 165 milhões de crianças na China e na Índia em uma semana. Nos anos 2000, 1/10 da população mundial recebiam a vacina contra pólio. Nesse ano, o Pacífico Ocidental – Austrália, China – foi declarado livre da doença.

Apesar da evolução da imunização naquele ano, a paralisia ainda continuou em seis países: Afeganistão, Egito, Índia, Níger, Nigéria e Paquistão. Por este motivo, as ações do Rotary se mantiveram constantes. Em 2009, a contribuição do Rotary à erradicação da pólio atingiu US$800 milhões.

Em janeiro daquele ano, a Fundação Bill e Melinda Gates doaram US$355 milhões à causa e desafiaram o Rotary a arrecadar US$200 milhões. Isto viria a resultar na arrecadação total de US$555 milhões à Iniciativa Global de Erradicação da Pólio. Em 2014, a OMS certificou o Sudeste Asiático como livre da Pólio, o que representou uma redução de 99% dos casos de paralisia desde 1988.

Diante disso, merece destaque as pessoas que não mediram esforços para estarem junto com Rotary, entre elas, agentes de saúde, pessoas que nada tinham a ver com qualquer entidade e se propuseram a estar com Rotary nesta batalha. Essas pessoas, andaram em lombo de burro, camelo, subiram montanhas, atravessaram rios e lagos e até mesmo entraram em zona de guerra em prol de uma causa.

Por isso que neste sábado (30), faremos vários Pits Stops na cidade de Rondonópolis para lembrar essa batalha que erradicou essa maldita doença.

Vacina é obrigação de cada cidadão no que tange a suas crianças Artigo 227 da nossa Constituição Federal.

“É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, a dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

Veja, pai, és obrigado a cuidar do seu filho inclusive vaciná-lo sob pena de responder criminalmente, além de ser ato de amor.

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