segunda-feira, 29/abril/2024
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A farsa dos direitos trabalhistas

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Não há dúvida de que o sistema trabalhista brasileiro tem os pés fincados profundamente da escravidão: a promessa de direitos ilusórios, é uma forma de atrair mais gente para a dependência patronal; a burocracia para a contratação e demissão é algo mais extravagante do que a escritura pública de compra e venda de escravos; a fixação de um salário mínimo, com algumas gorjetas, apenas faz o trabalhador pensar que está devidamente assistido, pois na verdade, um trabalhador hoje custa menos do que um escravo; o aparato judicial para a “proteção dos trabalhadores” custa até 10 vezes mais do que os direitos reclamados; os tais direitos, quando reclamados na justiça, raramente vão para as mãos dos trabalhadores: quase sempre param nas mãos de seus advogados; a fiscalização por parte do Ministério do Trabalho, é algo absolutamente empreguista e confiscatória. Não educa e nem protege.

Há uma multidão de bem remunerados dependentes dos trabalhadores, que não são filhos e nem parentes que se preocupam com o “status” do próprio emprego, e nada mais. Há também um sem número de penduricalhos nos sindicatos, que passam os dias deitados em afofados sofás, em salas de carpetes e ar condicionados, que não pensam noutra coisa senão nos próprios mandados e no afastamento do trabalho em virtude da função.

Bem oportuna foi a intervenção de Sylvia Romano em Só Notícias ao chamar a atenção para as questões trabalhistas nos Estados Unidos; por mais que lá os direitos trabalhistas sejam mínimos, trabalhadores do mundo inteiro querem ir trabalhar lá; quantos sinopenses, por exemplo, estão lá, muitos até clandestinos? A verdade é que trabalhador nenhum espera por direitos demagógicos; eles simplesmente, preferem um salário razoável a um amontoado de leis absurdas e desconcertantes.

Voltando aos Estados Unidos: porque lá existe tantas vagas para trabalhadores? Será por falta de direitos trabalhistas? Claro que não! Lá, caros leitores de Só Notícias, 93% dos jovens que saem das universidades, pensam em montar o próprio negócio; aqui, com o pé na escravidão, todos saem das universidades, pensando em arranjar um emprego e viver às custas de alguém, de preferência dos governos. Tanto é assim que as universidades de hoje não preparam ninguém para a vida, mas apenas para passar em concursos.

Quando há muitas empresas, muitas vagas para trabalhadores existirão.

Não posso entender a falsa tutela que o Estado quer dar aos “trabalhadores”; são todos pessoas maiores e capazes; hoje até formados nalguma coisa. Aplica-se aos operários a pecha de incapazes e loucos e o costume romano da capitis diminutio”.

Na verdade, tudo é uma questão conveniência alheia. Nenhum trabalhador pretende que os deputados se degladiem na concessão de favores. O que eles querem é gerir-se, pois são homens capazes e conhecedores de seus direitos; nunca pediram isso que está aí: um fiasco público, que custa aos próprios trabalhadores, muito mais do que somam os direitos que falsamente lhes são garantidos. O veto a tal emenda tem que ser derrubado.

Luiz Pinheiro é advogado em Sinop

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