Pode ser até uma paranóia mundial, porém, a “teoria da conspiração” é algo que gera certo conflito no imaginário coletivo, entre a ficção e a realidade. Conspiração é uma maquinação ou uma “treta” feita por organizações secretas, gerando um fato e escondendo as provas e até os personagens que o realizaram para evitar a sua elucidação, com isso tirar proveitos. Muitas teorias são conhecidas e debatidas nos diversos temas, religiosos, políticos, científicos e empresariais, como a própria existência de Cristo (casado com Maria Madalena, seus filhos Yosef e Sara), a morte dos Kennedy, o dublê de Paul McCartney, a guerra da tríplice aliança contra o Paraguai, a bomba no Rio Centro, etc. Algumas não passaram de teorias, porém muitas foram comprovadas, tais como os eventos que levaram na década de 60 às ditaduras militares na América Latina, teriam sido perpetrados por agentes da CIA com a finalidade de provocar os militares a dar golpes de estado, constituindo governos direitistas na região.
Uma das mais atualizadas é o atentado de 11 de setembro, teria como autoria o próprio governo dos EEUU ou agentes ligados a ele, para justificar as incursões militares no Iraque (Onde estão as armas de destruição em massa?) e Afeganistão (Cadê Bin Laden?), afim de beneficiar o Carlyle Group (industria bélica), onde o Bush pai é um dos conselheiros, segundo a Deputada Democrata Cynthia McKinney.
Já o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, em recente declaração garante que tanto o vírus da dengue hemorrágica como o AH1N1, o da gripe suína, fazem parte de uma guerra biológica iniciada pelo império estadunidense.
No momento o capitalismo atravessa uma de suas maiores crises, por isso, muito se pode especular, já que a história nos ensina, que cada vez que este modo de produção entra em crise, as saídas são catastróficas, por exemplo: a crise da grande depressão de 29, desembocou na 2ª guerra mundial, naquele período as condições favoreciam para esse desfecho, pois a polarização entre potências bélicas era evidente, o decadente império britânico polarizava com a Alemanha nazista de Hitler. Hoje por conta da hegemonia americana abocanhando potenciais guerreiros nas asas da OTAN, esse tipo de desfecho é impossível, lhes restam as guerras biológicas. Não esqueçamos que um dos pilares filosóficos do capitalismo está no pensamento maltusiano, Thomas Robert Malthus era adepto do controle populacional, pois em caso de excesso de população deveria ser diminuída ou por guerra ou por doenças. Essas saídas dos capitalistas à suas crises reduzem a população e geram grandes lucros na reconstituição das guerras ou nos controles de doenças. Como cita o jornalista mexicano Luis Hernandez do La Jornada, a indústria do medo provocada pelos jornalões, tem levado a vultosos lucros os laboratórios Glaxo e Roche (produtoras dos antivirais Taniflu), pois nos últimos dias suas ações foram muito valorizadas nas bolsas de valores.
Segundo o Premio Nobel José Saramago, a gripe suína nada mais é do que o resultado da super produção do modo capitalista. Pois em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Atualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Criando um ambiente propicio para as “mutações” dos vírus. Cita ainda o escritor que a primeira vítima da febre dos porcos tem sido a honradez, pois os meios de comunicação estão omissos com essas informações, o vírus teria sua origem numa gigantesca filial da Smithfield (Carroll) no estado mexicano de Vera Cruz.
Carlos Veggi é Consultor e Curioso do Mundo