A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça Estadual julgou improcedente o recurso de apelação feito pelas defesas de Cristiano Fioreze e Josevan Silva Dias, condenados pelo latrocínio do madeireiro Ernane Zambiazi, ocorrido em janeiro de 2006 em Sinop. Conforme o parecer, “os álibis fornecidos pelos agentes fundamentam-se em frágeis alegações contrárias as evidências dos autos e as provas testemunhais são coerentes e uníssonas em confirmas a participação direta deles no delito”.
A dupla foi condenada em setembro de 2007, pelo juiz João Manoel Guerra. Cristiano Friozere foi condenado por 22 anos de reclusão e Josevam Silva Dias, a 21 anos e 80 dias-multa, ambos em regime inicialmente fechado. Na ocasião, as defesas alegaram que, no momento do crime, os réus estariam trabalhando, prestando serviços para empresa fornecedora de energia, na zona rural (quarta parte e Atlântica). Entrentanto, os álibes apresentandos não condizem com as provas – datas, horários, localidades e depoimentos de testemunhas a apelante – além de não constar, na ocasião, “notas de reclamações” na empresa de energia, nos locais e horários em que as defesas apontaram.
Com a condenação, ambos pediram por sua absolvição, com a afirmação de que inexistiam nos autos provas aptas a embasar o “édito condenatório”. Além da absolvição, Josevan tentou alternativamente, a diminuição da pena imposta a ele para o mínimo legal, o que também foi negado.
Conforme Só Notícias informou, o madeireiro foi morto após sacar R$ 5,2 mil em uma agência bancaria. Utilizou parte do dinheiro para pagar algumas dívidas e foi até o escritório da empresa. Parou o carro em frente, onde foi abordado pela dupla. Josevan conduzia uma moto e, Cristiano, que estava sem capacete, efetuou os disparos e pegou o dinheiro. Zambiazi foi atingido por pelo menos três tiros e morreu praticamente na hora.